CASO CONCRETO DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina, sozinha,

CASO CONCRETO
DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina,
sozinha, chorando em seu quarto. Instada a explicar o motivo de sua tristeza, a jovem
relata à mãe que, por duas semanas consecutivas vem sendo assediada por
FELISBERTO, guarda municipal com lotação e atribuição local, prestando serviços de
vigilância e ronda escolares. Segundo a adolescente, notadamente na esquina do
quarteirão da escola, FELISBERTO espera sua passagem para proferir palavras como
“gostosa”, “quero sair com você”, “vamos curtir um cinema” e etc.
Indignada com o acontecido, DOLORES combina com JANAÍNA que no dia seguinte
vai acompanhá-la à escola, no entanto, em uma distância razoável objetivando constatar
in loco as investidas de FELISBERTO.
Dessa maneira, no dia seguinte, quando JANAÍNA chega ao quarteirão da escola já
encontra FELISBERTO se aproximando dela, ocasião em que, DOLORES, vindo um
pouco atrás, empunha um revólver 38 que traz consigo, disparando três tiros certeiros nas
costas de FELISBERTO que vem a óbito imediatamente em decorrência das respectivas
lesões. Considerando o caso aventado, realize, fundamentadamente, a adequação típica
pertinente.
QUESTÃO O

1 Resposta

  • Felipe

    1. a) O fato ocorrido na ocasião em que a crônica foi escrita foi a abolição da escravidão.
    b) O narrador entende esse acontecimento como primordial para o progresso do país, em acordo com a fé cristã, mas que veio tarde, porque ele mesmo foi um homem à frente de seu tempo.

    2. a) O narrador procura criar com o leitor uma relação de amabilidade e polidez.
    b) O narrador conta ao leitor como ele, mesmo antes da abolição ser proclamada, já havia alforriado um escravo, e como se deu o caso.
    c) O autor acaba desmentindo sua modéstia e polidez quando se empolga no relato e acaba admitindo que é ambicioso, que pretende ser deputado, e que seu ato foi um de grandeza, próprio dos "homens puros."
    d) A narrativa de Machado de Assis pressupõe um leitor perspicaz, preparado para entender a polidez de sua escrita e sua ironia mordaz.

    3. a) Diante da abolição, o narrador se aproveita do fato para se promover como um bom homem, um homem preparado, inteligente, exibir-se.

    4. A ironia está presente no texto de Machado de Assis por meio das diversas contradições que a personalidade do narrador deixa transparecer, como sua falsa modéstia, como a maneira desumana com que trata o escravo, como um ato seu aparentemente despretensioso depois se revela um subterfúgio claro para sua autopromoção.

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