Michel de Montaigne, pensador que viveu no século XVI, escreveu certa vez sobre os povos encontrados no

novo mundo pelos navegantes europeus:

Penso que há mais barbárie em comer um homem vivo do que em comê-lo morto, em dilacerar por tormentos e suplícios um corpo ainda cheio de sensações, fazê-lo assar pouco a pouco, fazê-lo ser mordido e esmagado pelos cães e pelos porcos (como não apenas lemos mas vimos de fresca memória, não entre inimigos antigos, mas entre vizinhos e compatriotas, e, o que é pior, a pretexto de piedade e religião) do que em assá-lo e comê-lo depois que está morto [...]. Portanto, podemos muito bem chamá-los de bárbaros com relação às regras da razão, mas não com relação a nós, que os ultrapassamos em toda espécie de barbárie.

A descoberta dos chamados povos originários, aqueles que habitavam as Américas antes da chegada do colonizador, foi um choque para o homem europeu que, até então, acreditava ser o único habitante do planeta. Para muitos, os índios que aqui viviam eram tão diferentes que sequer podiam ser considerados civilizados, uma vez que seus hábitos eram muito diferentes daqueles adotados na Europa. Desconsiderando a cultura dos povos civilizados, os europeus passaram não só a escravizar a população que vivia nas terras recém-colonizadas como também impor seus hábitos culturais e sua visão de mundo por se considerarem mais relevantes e/ou importantes.

Para a Antropologia, conforme estudado no primeiro tópico do curso, o conceito que melhor identifica essa forma de dominação é:

RESPOSTA Resposta correta! Etnocentrismo é a imposição de uma visão de mundo a outros povos, desconsiderando sua especificidade cultural.

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