Areforma gerencial na administração pública do brasil se deu na década de 90, em razão de mudanças

sociais, econômicas e políticas que fizeram o padrão burocrático ser insuficiente para atender às novas demandas. entre as tendências que possibilitaram a modificação da administração pública para gerencial, podemos citar a necessidade de descentralizar a política, flexibilizar as regras da burocracia pública, motivar e valorizar a ética do servidor público. além de tudo isso, o contexto em que o brasil vivia na época também foi fator importante para que emergisse a reforma gerencial. struett, m. a. m. administração voltada à gestão pública. maringá: unicesumar, 2019. sobre o panorama contextual no brasil, que ajudou a levar ao modelo gerencial de administração, assinale a alternativa correta. alternativas alternativa 1: as crises econômica, fiscal e financeira pelas quais o brasil passou, no período do final da década de 80 até meados do 90, foram caracterizadas pela redução da taxa de crescimento e da alta inflação, mas a renda per capita não foi afetada, uma vez que o estado de bem-estar social estava sendo implementado, com políticas públicas que ajudaram a manter a renda das pessoas. alternativa 2: um dos aspectos no brasil, nos anos 80, foi o alto desempenho econômico que elevou as taxas de crescimento, condizentes com o processo de globalização. por isso, o modelo burocrático, que era muito controlador, não conseguiria lidar com as expansões necessárias para a econômica perante o mundo globalizado. alternativa 3: no aspecto político, nos anos 90, o brasil estava estabilizado, uma vez que a adaptação ao regime democrático não teve problemas, já que foi um pedido popular, e mesmo o impeachment de fernando collor não desestabilizou o país, uma vez que foi uma demonstração de um processo democrático. alternativa 4: o brasil, no final da década de 80 até meados dos anos 90, sofreu com as crises internacionais, uma delas foi a crise internacional do petróleo, que levou a uma crise econômica. além disso, o país passou por uma crise fiscal, com estagnação da renda per capita e alta inflação. alternativa 5: mesmo se tornando um país competitivo com um estado de bem-estar sendo bem implementado, na décade de 90, o brasil passou por uma crise do modelo protecionista da economia, que ajudou na crise da forma burocrática de administrar o estado.

1 Resposta

  • anaflormarafiga

    Alternativa 4:

    O Brasil, no final da década de 80 até meados dos anos 90, sofreu com as crises internacionais, uma delas foi a crise internacional do petróleo, que levou a uma crise econômica. Além disso, o país passou por uma crise fiscal, com estagnação da renda per capita e alta inflação.

    Explicação:

    PAG 106 e 107 do livro

    Traçaremos, portanto, resumidamente, um panorama da crise no Brasil e a emergência da Reforma Gerencial (BRESSER-PEREIRA, 2011):

    ■ Crise de Estado: a grande crise econômica da década de 80 reduziu as taxas de crescimento, levou os países em crescimento a ter sua renda por  habitante estagnada por quinze anos e implicou em crise de Estado associada ao processo de globalização, que reduziu a autonomia das políticas  econômicas e sociais dos Estados Nacionais.

    ■ Crise fiscal e financeira: no Brasil, o período que compreende o final da década de 80 até 1994 foi uma fase de estagnação da renda per capita e de alta inflação (estabilizada somente em 1994 com o Plano Real); entre os problemas, estavam a crise do petróleo, crise fiscal e a perda de capacidade de coordenar o Estado, o que levou à perda do crédito público e a  uma poupança pública negativa.

    ■ Crise do modo de intervenção: caracterizou-se pelo esgotamento do  modelo protecionista de substituição das importações, pela falta de competitividade, pelo fracasso de criar um Estado de Bem-estar e pela crise da  forma burocrática de administrar o Estado, trazida em função do retrocesso burocrático representado pela Constituição de 1988.

    ■ Crise no aspecto político: teve três momentos – a crise do regime  militar, a tentativa populista de voltar aos anos 50, com uma crise  de adaptação ao regime democrático, e a crise do impeachment de  Fernando Collor de Mello, crise moral.  

    É essencial mostrar que a necessidade da reforma administrativa foi  causada pela excessiva complexidade que o governo brasileiro vai, gradualmente, adquirindo quando passa a realizar tarefas referentes ao  desenvolvimento econômico. O aparelho estatal cresceu sem racionalidade. O projeto desenvolvimentista implementado pelo regime militar  atribui ao Estado papel preponderante na alavancagem do crescimento  econômico e promoveu, por meio do Decreto-Lei nº 200, de 1967, a  busca de um modelo organizacional coerente com a estratégia definida  pelo regime (CAVALCANTI, 2012, p. 292).

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