Beatriz Milhazes - Teu sangue se transformará em flores
Teu sangue se transformará em flores
acrílica sobre tela
1984
168 x 128 cm
assinatura no verso
Leilão de Arte Online
Biografia
Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro RJ 1960)
Pintora, gravadora, ilustradora e professora.
"(...) Pela primeira vez, estou pensando em voz alta que, no trabalho com a cor, faço uma ligação entre vida e pintura. O carnaval - uma festa popular brasileira frenética - sempre me estimulou com seu visual, atmosfera, loucura, beleza etc.
Os desfiles, com suas combinações de cores e conceitos, são muito malucos, mas por outro lado todas essas coisas estão muito longe da pintura, do meu ateliê, do meu cotidiano. Ao contrário de Hélio Oiticica, que também trouxe referências do carnaval para o seu trabalho, eu jamais, em nenhum momento, fiz parte do mundo do samba ou do carnaval. E nunca quis fazer parte.
Sou uma carnavalesca conceitual. O mesmo acontece
com a cultura psicodélica e a religião, ainda que eu acredite em Deus.
Acho que uma caminhada na praia é a melhor maneira de conectar
geometria séria e carnaval".
Beatriz Milhazes. Mares do sul.
Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. p.92.
Biografia e história
1960-1981: Beatriz Ferreira Milhazes nasceu no Rio de Janeiro em 1960. Em 1981 formou-se em Comunicação Social pela Faculdade Hélio Alonso, mas antes mesmo de concluir o curso de comunicadora social, em 1980, passou a freqüentar artes plásticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage[1], onde, alguns anos depois passou a lecionar e coordenar atividades culturais.
Beatriz Milhazes
Beatriz Milhazes
1984: Beatriz Milhazes tem participado de várias exposições e não somente aquelas que caracterizam a “Geração 80” que tem sido formada por artistas plásticos que despontaram após a exposição no Parque Lage[2] em 14 de julho de 1984, organizada com a finalidade de refletir a variada produção do período.
Vale uma digressão para explorarmos quem é quem e de onde provém. Uma mostra, em 1984, reuniu 123 artistas – Beatriz Milhazes, entre eles – cujas obras já chamavam atenção pela ornamentação e endereço “déco” – de idades e formações distintas, que com o resgate da técnica tradicional do uso do óleo sobre tela, mantinham certa unidade apesar de não abrirem mão de sua própria maneira de “fazer” – em outras palavras a arte procura ser menos cerebral e recuperar o prazer de fazer. Todos, porém se opunham à arte conceitual dos anos ’60 e ’70, pesquisavam novos materiais e técnicas e se comunicavam com vozeamento e coloridos copiosos.
A mostra foi intitulada “Como Vai Você, Geração 80?[3]”. Sabe-se que apesar do título genérico, a exposição teve maciça participação carioca de artistas ligados ao EAV/Parque e alguns paulistas oriundos dos cursos de artes da Fundação Armando Álvares Penteado – Faap. Vale dizer: “uma mostra carioca com apêndice paulista”, apesar da participação de alguns pintores da “Escola Guinard” e da “Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais”. Algumas características comuns podem ser as grandes dimensões das obras, o gestual pictórico, o neo-expressionismo internacional lido dentro da Trans-Vanguarda[4] e o pop integrando o arranjo da pós-modernidade. Não podemos deixar de notar a multiplicidade de materiais empregados – vaselina, parafina, folhas de ouro, toalhas, couros de origem animal e sintética, filmes plásticos, plásticos e arames, vestuário, espuma de PU, pelúcia, luvas, lentes de óculos, etc. – que se transmutam com sua contigüidade... .
A louca, ast, 180x180, 1998
A louca, ast, 180x180, 1998
Vinte anos depois – 2004 – o mesmo curador elabora uma nova mostra “Onde Está Você, Geração ‘80” que é inaugurada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), e percebemos que daquela exposição histórica do Parque Lage de 123 artistas, nesta, somente 48 participam e verificamos que além dos trabalhos produzidos em torno de 1984, todos apresentam suas produções atuais. Como esperado a exposição confirmou a chamada "volta à pintura", percebendo-se os sinais inequívocos das variantes locais das similaridades expressas, no mesmo período, na Trans-Vanguarda italiana e o Neo-Impressionismo alemão e internacional[5].
clara2018
Explicação:
Beatriz Milhazes
Beatriz Milhazes
Obras disponíveis
Beatriz Milhazes - Rosa Branca
Rosa Branca
acrílica e colagem sobre papel colado em tela
1990
70 x 50 cm
Beatriz Milhazes - A Vênus Morreu de Amor
A Vênus Morreu de Amor
óleo sobre tela
1983
130 x 110 cm
assinatura no verso
Beatriz Milhazes - Carioca
Carioca
tapeçaria
2008
200 x 200 cm
assinatura no verso
Edição de 5.
Beatriz Milhazes - Teu sangue se transformará em flores
Teu sangue se transformará em flores
acrílica sobre tela
1984
168 x 128 cm
assinatura no verso
Leilão de Arte Online
Biografia
Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro RJ 1960)
Pintora, gravadora, ilustradora e professora.
"(...) Pela primeira vez, estou pensando em voz alta que, no trabalho com a cor, faço uma ligação entre vida e pintura. O carnaval - uma festa popular brasileira frenética - sempre me estimulou com seu visual, atmosfera, loucura, beleza etc.
Os desfiles, com suas combinações de cores e conceitos, são muito malucos, mas por outro lado todas essas coisas estão muito longe da pintura, do meu ateliê, do meu cotidiano. Ao contrário de Hélio Oiticica, que também trouxe referências do carnaval para o seu trabalho, eu jamais, em nenhum momento, fiz parte do mundo do samba ou do carnaval. E nunca quis fazer parte.
Sou uma carnavalesca conceitual. O mesmo acontece
com a cultura psicodélica e a religião, ainda que eu acredite em Deus.
Acho que uma caminhada na praia é a melhor maneira de conectar
geometria séria e carnaval".
Beatriz Milhazes. Mares do sul.
Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. p.92.
Biografia e história
1960-1981: Beatriz Ferreira Milhazes nasceu no Rio de Janeiro em 1960. Em 1981 formou-se em Comunicação Social pela Faculdade Hélio Alonso, mas antes mesmo de concluir o curso de comunicadora social, em 1980, passou a freqüentar artes plásticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage[1], onde, alguns anos depois passou a lecionar e coordenar atividades culturais.
Beatriz Milhazes
Beatriz Milhazes
1984: Beatriz Milhazes tem participado de várias exposições e não somente aquelas que caracterizam a “Geração 80” que tem sido formada por artistas plásticos que despontaram após a exposição no Parque Lage[2] em 14 de julho de 1984, organizada com a finalidade de refletir a variada produção do período.
Vale uma digressão para explorarmos quem é quem e de onde provém. Uma mostra, em 1984, reuniu 123 artistas – Beatriz Milhazes, entre eles – cujas obras já chamavam atenção pela ornamentação e endereço “déco” – de idades e formações distintas, que com o resgate da técnica tradicional do uso do óleo sobre tela, mantinham certa unidade apesar de não abrirem mão de sua própria maneira de “fazer” – em outras palavras a arte procura ser menos cerebral e recuperar o prazer de fazer. Todos, porém se opunham à arte conceitual dos anos ’60 e ’70, pesquisavam novos materiais e técnicas e se comunicavam com vozeamento e coloridos copiosos.
A mostra foi intitulada “Como Vai Você, Geração 80?[3]”. Sabe-se que apesar do título genérico, a exposição teve maciça participação carioca de artistas ligados ao EAV/Parque e alguns paulistas oriundos dos cursos de artes da Fundação Armando Álvares Penteado – Faap. Vale dizer: “uma mostra carioca com apêndice paulista”, apesar da participação de alguns pintores da “Escola Guinard” e da “Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais”. Algumas características comuns podem ser as grandes dimensões das obras, o gestual pictórico, o neo-expressionismo internacional lido dentro da Trans-Vanguarda[4] e o pop integrando o arranjo da pós-modernidade. Não podemos deixar de notar a multiplicidade de materiais empregados – vaselina, parafina, folhas de ouro, toalhas, couros de origem animal e sintética, filmes plásticos, plásticos e arames, vestuário, espuma de PU, pelúcia, luvas, lentes de óculos, etc. – que se transmutam com sua contigüidade... .
A louca, ast, 180x180, 1998
A louca, ast, 180x180, 1998
Vinte anos depois – 2004 – o mesmo curador elabora uma nova mostra “Onde Está Você, Geração ‘80” que é inaugurada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), e percebemos que daquela exposição histórica do Parque Lage de 123 artistas, nesta, somente 48 participam e verificamos que além dos trabalhos produzidos em torno de 1984, todos apresentam suas produções atuais. Como esperado a exposição confirmou a chamada "volta à pintura", percebendo-se os sinais inequívocos das variantes locais das similaridades expressas, no mesmo período, na Trans-Vanguarda italiana e o Neo-Impressionismo alemão e internacional[5].