Anna Letycia Quadros (Teresópolis, RJ, 1929 - Rio de Janeiro, RJ, 2018) foi uma das mulheres brasileiras que se destacou no meio artístico, como gravadora, professora, cenógrafa e figurinista. Iniciou a carreira com gravura em metal entre as décadas de 1950 e 1960, com trabalhos de inspiração expressionista, economia de traços, leveza das formas sólidas e uso criterioso de cor. Lecionou no ateliê do Museu de Arte Moderna (RJ) inaugurou a Oficina de Gravura, no Museu do Ingá, Niteroi, e trabalhou com teatro, principalmente, com Maria Clara Machado.Inicia estudos de desenho e pintura com o pintor brasileiro Bustamante Sá (1907-1988), na Associação Brasileira de Desenho, no Rio de Janeiro, e, na década de 1950, frequentou cursos de gravura, dentre os quais com o pintor e escultor francês André Lhote (1885-1962) e o pintor e gravurista brasileiro Darel Valença Lins (1924), na antiga Escola Nacional de Belas Artes (Enba), hoje UFRJ. Com Iberê Camargo (1914-1994) teve aulas no Instituto Municipal de Belas Artes, hoje Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Estuda xilogravura com Oswaldo Goeldi (1895-1961), na Escolinha de Arte do Brasil, e pintura com Ivan Serpa (1923-1973). Ambos participam da criação do Grupo Frente.
Ainda em 1959, a artista, ao frequentar o ateliê do Museu de Arte Moderna (MAM/RJ), é convidada pela coordenadora e gravadora Edith Behring, (1916-1996), a lecionar no ateliê desse museu, entre os anos 1960 e 1966. É neste período também que dá aulas de gravura em Santiago, no Chile, onde recebe pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, o título de professor honoris causa, em 1961. Ainda em 1959, participou da Bienal de Paris e em 1962 na Bienal de Veneza.Anna Letycia se especializa com gravura em metal, e seu trabalho tem afinidade com a obra de Goeldi, como o clima soturno e a ligação com o expressionismo. A imagem do caracol, p. ex. Caracol (1965), serviu de motivo para geometrizações e combinações formais e espiraladas, bem como oposições de positivo e negativo, claro e escuro, densidade e transparência. A partir de 1968, a forma da caixa passa a incluir dualidade interior e exterior, como novo elemento formal em suas obras, por exemplo, Caixa Voadora (1968) que associa formas cúbicas e espiraladas à forma arquitetônica. Das formas vinculadas à natureza, a artista passa às obras abstratas, como parte de sua constante pesquisa técnica e formal.
Em 1977, a artista inaugura a Oficina de Gravura, no Museu do Ingá, em Niteroi, que coordena até 1998. Desenvolve atividades de cenógrafa e figurinista, principalmente, em parceria com a diretora Maria Clara Machado (1921-2001). Em 1998, é publicado o livro Anna Letycia, de Angela Ancora da Luz, pela Editora da Universidade de São Paulo. Em 2012, o Museu Nacional de Belas Artes fez uma retrospectiva do seu trabalho.
dailaneazevedo
Anna Letycia Quadros (Teresópolis, RJ, 1929 - Rio de Janeiro, RJ, 2018) foi uma das mulheres brasileiras que se destacou no meio artístico, como gravadora, professora, cenógrafa e figurinista. Iniciou a carreira com gravura em metal entre as décadas de 1950 e 1960, com trabalhos de inspiração expressionista, economia de traços, leveza das formas sólidas e uso criterioso de cor. Lecionou no ateliê do Museu de Arte Moderna (RJ) inaugurou a Oficina de Gravura, no Museu do Ingá, Niteroi, e trabalhou com teatro, principalmente, com Maria Clara Machado.Inicia estudos de desenho e pintura com o pintor brasileiro Bustamante Sá (1907-1988), na Associação Brasileira de Desenho, no Rio de Janeiro, e, na década de 1950, frequentou cursos de gravura, dentre os quais com o pintor e escultor francês André Lhote (1885-1962) e o pintor e gravurista brasileiro Darel Valença Lins (1924), na antiga Escola Nacional de Belas Artes (Enba), hoje UFRJ. Com Iberê Camargo (1914-1994) teve aulas no Instituto Municipal de Belas Artes, hoje Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Estuda xilogravura com Oswaldo Goeldi (1895-1961), na Escolinha de Arte do Brasil, e pintura com Ivan Serpa (1923-1973). Ambos participam da criação do Grupo Frente. Ainda em 1959, a artista, ao frequentar o ateliê do Museu de Arte Moderna (MAM/RJ), é convidada pela coordenadora e gravadora Edith Behring, (1916-1996), a lecionar no ateliê desse museu, entre os anos 1960 e 1966. É neste período também que dá aulas de gravura em Santiago, no Chile, onde recebe pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, o título de professor honoris causa, em 1961. Ainda em 1959, participou da Bienal de Paris e em 1962 na Bienal de Veneza.Anna Letycia se especializa com gravura em metal, e seu trabalho tem afinidade com a obra de Goeldi, como o clima soturno e a ligação com o expressionismo. A imagem do caracol, p. ex. Caracol (1965), serviu de motivo para geometrizações e combinações formais e espiraladas, bem como oposições de positivo e negativo, claro e escuro, densidade e transparência. A partir de 1968, a forma da caixa passa a incluir dualidade interior e exterior, como novo elemento formal em suas obras, por exemplo, Caixa Voadora (1968) que associa formas cúbicas e espiraladas à forma arquitetônica. Das formas vinculadas à natureza, a artista passa às obras abstratas, como parte de sua constante pesquisa técnica e formal. Em 1977, a artista inaugura a Oficina de Gravura, no Museu do Ingá, em Niteroi, que coordena até 1998. Desenvolve atividades de cenógrafa e figurinista, principalmente, em parceria com a diretora Maria Clara Machado (1921-2001). Em 1998, é publicado o livro Anna Letycia, de Angela Ancora da Luz, pela Editora da Universidade de São Paulo. Em 2012, o Museu Nacional de Belas Artes fez uma retrospectiva do seu trabalho.