Durante a Idade Média, a Igreja valorizava o cultivo do espírito e a purificação do corpo e era

contrária às demonstrações de prazer exagerado. Segundo a cultura clerical, o cristão deveria buscar a interiorização; isso se fazia pelo controle da palavra e do gesto, pela educação do corpo, pelo autocontrole físico e espiritual. (...) Nessa condição, o riso, signo do caos e da desordem, cederia passo, na escala de valores defendida pelo cristianismo, à sobriedade e continência moral. No combate contra o riso, os representantes do cristianismo excluíram-no das formas aceitas do culto religioso e da liturgia. Isso não quer dizer, porém, que os traços do riso ritual tenham desaparecido: os registros e atas de concílios, crônicas, sermões e penitenciais, dos séculos VI ao X, atestam a continuidade das tradições concernentes aos rituais agrários, realizados periodicamente, nos quais os fiéis bebiam, comiam e dançavam demoradamente, mascaravam-se e festejavam. Apesar de os altos representantes da Igreja, por meio de reiteradas condenações, terem desejado de todas as formas proibir a prática das danças campestres, estas subsistiram durante toda a Idade Média. Nesse sentido, Vita Eligii, de meados do século VII, apresenta-nos um sermão atribuído a São Elói, no qual o santo denuncia com amargor o insucesso dos pregadores no combate contra práticas pagãs. 06 – De acordo com o texto 1, que valores culturais eram defendidos pela Igreja católica? E que valores eram combatidos? 

07 – De acordo com o texto 1, que relações a Igreja estabelecia entre a cultura e os comportamentos sociais? Explique sua resposta citando passagens do texto.

1 Resposta

  • kellysouzacristine

    Constantino legitimou o cristianismo mas não o tornou à religião oficial do Império Romano. As moedas romanas, por exemplo, que foram cunhadas oito anos após a batalha ainda tinha as imagens dos deuses romanos. No entanto, a adesão de Constantino foi um ponto decisivo para a Igreja cristã.

Clique aqui para adicionar a sua resposta.