thayaraoliversantos 13/08/2020 Fiz essa paródia falando sobre a violência doméstica.Pai, afasta de mim esse trastePai, afasta de mim esse covardePai, afasta de mim esse trasteDe vinho cor do seu sangueComo de quando esse traste me afagaMe traz a dor, vindo da tábuaMesmo calada me batia no peitoSilêncio no quarto não se escutaDe que me vale ser nora da santaMelhor seria ser nora de outraNuma realidade onde não estou mortaTanto abuso, tanta força brutaComo é difícil deixá-lo amarradoSe na calada da noite se vê espancandoQuero lançar um grito pro santoQue é uma maneira de ser-me escutadaEssa dor toda me atordoaAtordoada lhe serro e pensoNa sala ou a qualquer momentoVer subir o monstro na minha camaDe muito doída a perna já não andaDe muito polida a faca já não cortaComo é difícil, pai, abrir a portaE ver o buraco em sua gargantaEsse traste morrendo no mundoDe que adianta ser de verdadeMesmo lhe batendo o peito, resta a nucaQue ele beija no centro da cidadeTalvez o amor seja pequenoNem seja a vida um amor consumadoQue se pague seu próprio pecadoQue te mate do meu próprio venenoQue arranque de vez tua cabeçaMinha cabeça perder meu juízoQuero cheirar isqueiro e óleo a dieselTe queimar até que eu lhe esqueça
thayaraoliversantos
Fiz essa paródia falando sobre a violência doméstica.
Pai, afasta de mim esse traste
Pai, afasta de mim esse covarde
Pai, afasta de mim esse traste
De vinho cor do seu sangue
Como de quando esse traste me afaga
Me traz a dor, vindo da tábua
Mesmo calada me batia no peito
Silêncio no quarto não se escuta
De que me vale ser nora da santa
Melhor seria ser nora de outra
Numa realidade onde não estou morta
Tanto abuso, tanta força bruta
Como é difícil deixá-lo amarrado
Se na calada da noite se vê espancando
Quero lançar um grito pro santo
Que é uma maneira de ser-me escutada
Essa dor toda me atordoa
Atordoada lhe serro e penso
Na sala ou a qualquer momento
Ver subir o monstro na minha cama
De muito doída a perna já não anda
De muito polida a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
E ver o buraco em sua garganta
Esse traste morrendo no mundo
De que adianta ser de verdade
Mesmo lhe batendo o peito, resta a nuca
Que ele beija no centro da cidade
Talvez o amor seja pequeno
Nem seja a vida um amor consumado
Que se pague seu próprio pecado
Que te mate do meu próprio veneno
Que arranque de vez tua cabeça
Minha cabeça perder meu juízo
Quero cheirar isqueiro e óleo a diesel
Te queimar até que eu lhe esqueça