Ainda jovem, Murilo saiu do emprego em que estava para empre

ender uma confeitaria em um bairro comercial da sua cidade. A empresa cresceu rapidamente. Em pouco tempo, Murilo abriu filiais da confeitaria e adquiriu uma pequena indústria de doces em conserva para fabricar doces em larga escala. A indústria de doces se tornou um negócio muito lucrativo, porque Murilo se tornou fornecedor de restaurantes, de outras confeitarias e de grandes redes de supermercados. Aproximadamente 10 anos depois de iniciar seus empreendimentos, Murilo abandonou a confeitaria para se dedicar exclusivamente à indústria. A administração da empresa tomava muito tempo, e ele precisou sacrificar seus estudos, tendo que parar no primeiro ano do curso de Ciências Contábeis. Porém, seus dois filhos, Lucas e Felipe, sempre foram preparados para assumir a empresa e, desde a adolescência, foram envolvidos pelo pai nos negócios. Os dois filhos se formaram em Administração, e Murilo providenciou que complementassem seus estudos com estágios no exterior.

A empresa estava estabilizada e era administrada, no dia a dia, por Lucas e Felipe, que se dedicavam especificamente às atividades de Marketing e Finanças. Murilo concentrava-se nas decisões de produção e na escolha de produtos, além dos contatos com clientes grandes e tradicionais. Já não precisava, porém, se dedicar tanto quanto antes. Com os avanços tecnológicos, Murilo foi obrigado a fazer grandes inovações em seu parque industrial para acompanhar os novos padrões e o novo momento do mercado. Essas inovações exigiram grandes investimentos e obrigaram Murilo a buscar financiamento, o que prejudicou bastante situação financeira da empresa.

Nos últimos anos, as relações entre Murilo e seus dois filhos ficaram muito tensas, para tristeza de Dona Mercedes, a mãe, e do restante da família. Vendo a empresa se deteriorar, Lucas e Felipe julgaram que o melhor para o momento era o pai abandonar os negócios e deixar a empresa totalmente para eles. O principal argumento é que eles estudaram e se prepararam para administrar a empresa e que a época do pai já passou. Ultimamente, Murilo está tendo sérios conflitos com os filhos por causa dessa questão.

Ele se pergunta frequentemente:
- Afinal, quem deve mandar aqui? Eu, que fiz esse negócio prosperar ou eles?
- Eles dizem que estudaram Administração e estão mais preparados do que eu para resolver os problemas da empresa. Chegam a falar que minha experiência não vale mais nada hoje em dia. Não quero aumentar o conflito, mas também não quero abandonar a empresa totalmente.
- E que história é essa de trazer um MEDIADOR? O que essa pessoa pode saber, sem nunca ter se envolvido nos negócios?

Você foi convidado por eles para fazer a mediação do caso.

Agora você deve cumprir todas as etapas que envolvem uma boa mediação, levando em conta principalmente as questões:
1) Quais são as principais causas do conflito entre Murilo e seus filhos?
2) Quem deve "mandar" na empresa?
3) Qual é o peso relativo da experiência e da educação formal no processo de administrar a empresa?
4) Você acha que será necessário um processo de mediação? Que papel você terá como mediador? Como você convencerá Murilo da necessidade de um mediador?

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