Da economia linear à circular Renata Nishio, gerente técnica do Conselho Empresarial Brasileiro

para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), explica que o modelo econômico predominante atualmente é linear. “Você consome qualquer item e no fim joga no lixo e vai parar em algum lugar em que nada dele é absorvido”, diz.

Ela afirma que esse modelo acaba levando a um desperdício do esforço de produção daquele produto e dos recursos utilizados nesse processo. Foi a partir da tentativa de reverter esse desperdício que surgiu a economia circular. “Economia circular é fazer os recursos voltarem de alguma forma”, explica. Nishio diz que a economia circular propõe um fluxo em que os recursos e os produtos ligados às cadeias produtivas de empresas conseguem ser sempre reaproveitados. Se na economia linear um produto tem um “fim de vida”, na economia circular

ele passará por processos como “redução, reuso ou reciclagem”, que o mantém nas cadeias produtivas.

Nesse sentido, Aldo Roberto Ometto, professor da EESC-USP e coordenador do centro de pesquisa em Economia Circular do InovaUSP, vê a economia circular como um novo modelo econômico. “A primeira grande mudança é que, ao invés de verificar, como na economia linear, processos e como buscar melhorá-los, surge a visão de ter algo mais sistêmico, e que precisa de colaboração e organização ampla para funcionar”, afirma.

A ideia da economia circular, portanto, é ir além de iniciativas de reuso e reciclagem que já são praticadas desde a década de 1980, oferecendo uma visão que integre diferentes empresas, setores e cadeias produtivas para reaproveitar recursos que, hoje, estão sendo desperdiçados.

Para integrar as cadeias de fornecimento, é preciso olhar para quem vende e quem consome seus produtos, encontrando e incentivando formas de reaproveitar e economizar recursos em todas essas áreas.

Mas a economia circular também busca melhorar os processos produtivos, com um esforço para desenvolver novas tecnologias e formas de produção que reduzam ao máximo o consumo de recursos naturais, e que consigam até retirar por completo a necessidade de utilizá-los.

Ometto explica que a economia circular ganhou forças nos últimos anos após um relatório de 2014 do Fórum Econômico Mundial, que colocou a ideia como “a solução para acelerar e escalar as cadeias de suprimento globais”. “É por ela que a economia consegue gerar valores sem necessariamente se limitar aos recursos físicos, que são finitos”, diz.

“Surgem modelos como compartilhamento, recuperação de produtos, insumos renováveis e produtos como serviços”, afirma o professor da USP. Ele considera que a economia circular “muda a visão de negócio da empresa”, mas que ela demanda uma metodologia própria, analisando fluxos e identificando como os recursos são usados e podem ser melhorados.

Ou seja, a economia circular é uma forma de manter e expandir os níveis de produção atuais, mas evitando um consumo e desperdício maior de recursos. Entre esses recursos finitos está a água, que pode ser beneficiada por essa visão sistêmica.

Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir:

I – O processo de produção organizado no modelo de produção linear segundo Renata Nishio, gerente técnica do Conselho Empresarial Brasileiro, leva a um desperdício do esforço de produção do produto e dos recursos utilizados nesse processo, de forma mais técnica é descrito pela economia como desemprego ou ineficiência do uso dos fatores produtivos aplicados a

obtenção de um produto.

II - A partir de 1980, apenas as cadeias produtivas, relacionadas às indústrias de embalagens plásticas e de alumínios adotaram as práticas dos chamados “3Rs”: de redução, reuso e reciclagem.

III - A economia circular empenha esforços para melhorar os processos produtivos. Mas, dado o alto investimento, não há esforços direcionados à supressão do uso de recursos naturais finitos.

É correto o que se afirma em
Escolha uma opção:

a.
II, apenas.

b.
III, apenas.

c.
II e III, apenas.

d.
I, apenas.

e.
I, II e III.

1 Resposta

  • Yarawaneska

    I apenas

    Explicação:

    I – O processo de produção organizado no modelo de produção linear segundo Renata Nishio, gerente técnica do Conselho Empresarial Brasileiro, leva a um desperdício do esforço de produção do produto e dos recursos utilizados nesse processo, de forma mais técnica é descrito pela economia como desemprego ou ineficiência do uso dos fatores produtivos aplicados

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