A nova sustentabilidade: Não é à toa que desde o ano pass

ado as empresas intensificaram as ações voltadas para o bem-estar mental dos funcionários. Porém, mais do que criar programas pontuais ou simplesmente oferecer sessões de terapia, é necessário preocupar-se de maneira abrangente com o tema. E a ideia de sustentabilidade emocional pode ajudar a estruturar práticas eficientes e perenes. O conceito é simples e tem a ver com a sustentabilidade ambiental. Se no meio ambiente a regra é que devemos viver em harmonia com os recursos ecológicos para que eles não acabem, na saúde mental nós precisamos encontrar um ponto de equilíbrio entre aquilo que o ambiente exige de nós e o que realmente podemos oferecer sem esgotar nossas capacidades. Então, sustentabilidade emocional é sobre como podemos buscar recursos psíquicos para nos mantermos na vida não só nos momentos felizes, mas nos tristes também.


É muito comum, no trabalho ou na vida cotidiana, enfrentarmos momentos em que sentimos dores musculares, osteoarticulares, cansaço físico e mental. Geralmente, elas ocorrem por sobrecarga dos tecidos (músculos, articulações) ou por traumas (quedas, pancadas, estiramentos). No ambiente de trabalho, esse ponto é particularmente importante porque pode levar o indivíduo a um afastamento médico ou até a invalidez temporária ou permanente, causando inúmeros prejuízos ao indivíduo (e sua família) e à organização.

​RAZZA, B. M. Análise Ergonômica do Trabalho. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016 (Adaptado).


Agora, leia o seguite caso hipotético:

João Carlos trabalha em uma grande rede de Supermercados, esta empresa possui 50 lojas espalhadas pelo estado do Paraná. João Carlos trabalha como operador de caixa, dentre suas funções ele realiza atendimento aos clientes, registra os produtos por meio do leitor ótico, além disso, faz o trabalho financeiro, que consiste em receber o valor da compra. João Carlos também empacota os produtos. Seu espaço de trabalho é pequeno, possui uma cadeira para sentar-se, mas é relativamente difícil realizar o trabalho sentado, pelo tamanho da esteira e o peso das mercadorias.

João Carlos completou 5 anos de empresa e na mesma função, tem um salário razoável que lhe permite manter o sustento de sua família. Ele já foi transferido para algumas lojas da mesma cidade para ministrar treinamentos aos novos colaboradores que atuarão como operadores de caixa, não obteve aumento de salário por este trabalho e nem pelo tempo de casa. Apenas recebeu o reconhecimento formal da diretoria da empresa através de uma carta de gratificação, e um troféu de funcionário exemplar. Ao longo dos últimos 5 anos no mesmo trabalho, João Carlos tem se sentido desmotivado, sem vontade de trabalhar, com dores na coluna e nos membros inferiores, pois, passa muito tempo de pé em uma atividade considerada estática.

Devido ao aumento do volume de vendas, João Carlos precisa realizar horas extras todos os dias, de segunda à sexta–feira, isso está o deixando mais cansado. Os demais colaboradores, que trabalham como operadores de caixa deste mesmo supermercado, incluindo o gerente, tem constatado que João Carlos está mais estressado, pois, ele muda de humor facilmente. Além disso, João Carlos relatou para os colegas de turno que não está dormindo bem, e, o relacionamento com seus familiares mudou muito devido a sua irritabilidade, as discussões que eram raras passaram a ser frequentes. João Carlos também teve aumento de peso nos últimos meses, o gerente da loja também observou e constatou que no quadro de 50 operadores de caixa da mesma filial, existem mais 10 na mesma situação que João Carlos.

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