1) José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo,
servia a prolongar as frases. Levantou-se para ir buscar o gamão, que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, e vi-o passar com as suas calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que usaram presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo. Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem esticadas. A gravata de cetim preto, com um arco de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, veste caseira e leve, parecia nele uma casaca de cerimônia. Era magro, chupado, com um princípio de calva; teria os seus cinquenta e cinco anos. Levantou-se com o passo vagaroso do costume, não aquele vagar arrastado se era dos preguiçosos, mas um vagar calculado e deduzido, um silogismo completo, a premissa antes da consequência, a consequência antes da conclusão. Um dever amaríssimo! Considerados alguns elementos gramaticais constantes desse trecho, pode-se reconhecer que: *A. o primeiro adjetivo, em “Era magro, chupado”, tem como superlativo sintético erudito a forma “magérrimo
B. em “Era um modo de dar feição monumental às ideias”, o vocábulo “um” é classificável como numeral cardinal.
C. em “não as havendo, servia a prolongar as frases”, encontram-se duas ocorrências do artigo definido
D. em “Trazia as calças curtas”, o artigo definido acumula, estilisticamente, um sentido de posse
E. os três primeiros vocábulos, em “teria os seus cinquenta e cinco anos” ajudam a construir a ideia de certeza quanto à idade do personagem.
2) Leia o texto abaixo:
O leão e o rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto.
Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
"Ora, veja bem, se o senhor me poupasse, tenho certeza de que um dia poderia retribuir seu gesto de bondade..."
Apesar de rir por achar ridícula tal possibilidade, ainda assim, como não tinha nada a perder, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Assim, preso ao chão, amarrado por fortes cordas, completamente indefeso e refém do fatídico destino que certamente o aguardava, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
"O senhor riu da simples ideia de que eu, um dia, seria capaz de retribuir seu favor. Mas agora sabe que, mesmo um pequeno Rato, é capaz de fazer um grande favor a um poderoso Leão..."
Moral da História:
Nenhum ato de gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a importância de um favor, pela aparência ou status do benfeitor.
O texto acima é uma fábula de Esopo e assim como toda fábula busca passar um ensinamento, uma moral para que possamos refletir sobre nossas atitudes. Para isso, faz uso de diversos substantivos e um deles é o substantivo abstrato. Sendo assim, assinale a opção que apresenta um exemplo desse tipo de substantivo. Sendo assim, assinale a opção que apresenta um exemplo desse tipo de substantivo. *
A. riu
B. poderoso
C. ideia
D. capaz
E. ridícula
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tokioruiva
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