O uso indiscriminado de agrotóxicos no campo pode resultar

na intoxicação dos trabalhadores rurais, causar depressão e pode levar ao suicídio. É o que mostra o estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul que objetivou conhecer o perfil das intoxicações, com ênfase nas tentativas de suicídio, pelo uso de agrotóxicos na população rural do estado de 1992 a 2002. Estima-se que do total de 8. 697 casos de intoxicação atribuídos às tentativas de suicídio, registrados, em 2001, pelo Serviço Integrado de Informação Toxico-Farmacológica do Ministério da Saúde, 11,6% foram oriundos do uso de agrotóxicos. Nas regiões estudadas (produtoras de algodão) a média de óbitos por 100 mil habitantes provocados pelas diferentes formas de suicídio no foi superior a do estado do Mato Grosso do Sul e do Brasil como um todo. Como a produção de algodão demanda quase 80,0% de todo o inseticida comercializado no país, constata-se que o contato dos agricultores com os agrotóxicos representa fator de risco, já que a ocorrência de intoxicações agudas provocadas pela exposição aos agrotóxicos está fortemente associada à prevalência de transtornos psiquiátricos menores, sendo a depressão e a ansiedade os diagnósticos mais freqüentes, e sabe-se que os sintomas de depressão são reconhecidos como um fator prevalente nas tentativas de suicídios. Segundo os pesquisadores é provável que esta alta prevalência de tentativas de suicídio esteja relacionada com a exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que em 2030 a saúde mental vai ocupar lugar de destaque no orçamento doméstico. A depressão vai ser a doença mais comum, à frente de outros problemas, como os cardiovasculares. Estima-se que no Brasil entre 10% e 20% da população sofra da doença, o que requer o consumo contínuo de substâncias por uma boa parte da vida. Não é possível prever o tempo de uso das pílulas que tornam mais leve o ritmo da vida, mas sabe-se que grande parte da população deve fazer uso contínuo do

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