Em primeiro lugar devemos atentar para a palavra mitico, essa palavra vem de mitologia, mas de que mitologia estamos necessariamente falando? A Mitologia grega, por exemplo, possui um recurso muito interessante que é o da simbologia, ou seja, o surgimento do cupido que é o deus da paixão, ou a própria paixão, surge da relação de Afrodite deusa do amor com Ares deus da guerra, porque? Lembre-se, a guerra significa dermarcar um território e defender aquele território com unhas e dentes e conquistar. O amor é o sentimento que impulsiona as pessoas a quererm o bem ao próximo e a se ajudar mutuamente. Esse mito nos mostra que a paixão tem um pouco de amor e ao mesmo tempo de guerra, o apaixonado por essa visão é visto como um amante e ao mesmo tempo um guerrilheiro cujo território é a mulher amada que ele está disposto a conquistar com unhas e dentes e não dividi-la com ninguém e mesmo assim tratá-la bem e ajudá-la sempre em todas as coisas, dando-lhe também carinho. Uma mistura de amor com guerra, a paixão. Esse é um pensamento mítico que nos leva ao pensamento filosófico, pois por trás desse mito tem toda uma filosofia, fruto da análise dos gregos antigos sobre o seu próprio comportamento diante da paixão. Então nós vemos aí, a mitologia grega, já incitando de certa forma o pensamento filosófico, há nesse mito por si só uma espécie de filosofia por trás, da diferença do amor e da paixão, o amor tudo suporta, tudo perdoe, a paixão busca possuir tal como um território o objeto da paixão. O mito de certa forma proporcionou aos gregos um pensamento filosófico logo desde sua origem, veja por exemplo a idéia grega de origem do mundo e dos deuses, quando no início era o caos e de repente aparece a deusa gaia, terra e o deus urano, representando o céu e mais tarde aparece da união do céu e da terra ou seja Urano e Gaia nasce Chronos e o Chronos por temer que seus filhos o destruissem e tomasse seu trono, ele começa a comer os filhos, o Chronos representa o tempo que a tudo engole, Chronos engolindo os deuses significa o tempo engolindo todas as coisas, e a partir que ele engole ele recebe em si mesmo todas as virtudes e poderes dos deuses, como que se o tempo engolindo todas as coisas através dos anos e horas, acaba tornando propriedade sua todas as coisas, desde os homens até os animais. Então no caso dos gregos, não houve uma passagem tão forte assim do pensamento mítico para o filosófico já que a própria mitologia grega envolvia uma certa dose de filosofia. Através de seus mitos eles acabavam filosofando sem perceber, como o caso de pandora, por exemplo, a palavra pandora significa aquela que possui todos os dons, esse título não é dado ao homem mas sim à mulher, dando a mulher um certo nível de superioridade. Mas os gregos não são o único povo a ver a mulher dessa forma, os hebreus na bíblia, no texto original de Genesis capítulo 2 em hebraico aparece a palavra criar duas vezes, falando que o homem foi criado do barro e que Deus depois de ter criado o homem do barro tornou o homem numa matéria evoluída e que a mulher ao ser criada da costela (ou seja foi criada da matéria já evoluída pois o homem ja tinha sido criado já não era barro, a mulher foi evoluida a partir de uma materia que por si só já era evoluída, então a tradição rabinica diz que a mulher é duas vezes mais evoluida que o homem, fato é que a serpente (a influencia espiritual negativa, diabo) falou com a mulher e não com o homem, como se a mulher tivesse uma sensibilidade maior no mundo espiritual. Então essas idéias, essas histórias por si só já criam todo um pensamento filosófico junto. Mas a passagem plena do pensamento mítico para o filosófico acontece talvez quando o homem uma vez criado naquele mito ele passa a questionar e a não aceitar as assim chamadas verdades absolutas da crença de seu próprio povo, lembre-se de que o mito era uma história religiosa sagrada contada pelos gregos para os gregos, logo é a idéia de não aceitar verdades absolutas, passar a questionar o mundo através do pensamento racional, ou seja, através do raciocínio e não mais através da crença.
jvoliveiraneonp55fex
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Em primeiro lugar devemos atentar para a palavra mitico, essa palavra vem de mitologia, mas de que mitologia estamos necessariamente falando? A Mitologia grega, por exemplo, possui um recurso muito interessante que é o da simbologia, ou seja, o surgimento do cupido que é o deus da paixão, ou a própria paixão, surge da relação de Afrodite deusa do amor com Ares deus da guerra, porque? Lembre-se, a guerra significa dermarcar um território e defender aquele território com unhas e dentes e conquistar. O amor é o sentimento que impulsiona as pessoas a quererm o bem ao próximo e a se ajudar mutuamente. Esse mito nos mostra que a paixão tem um pouco de amor e ao mesmo tempo de guerra, o apaixonado por essa visão é visto como um amante e ao mesmo tempo um guerrilheiro cujo território é a mulher amada que ele está disposto a conquistar com unhas e dentes e não dividi-la com ninguém e mesmo assim tratá-la bem e ajudá-la sempre em todas as coisas, dando-lhe também carinho. Uma mistura de amor com guerra, a paixão. Esse é um pensamento mítico que nos leva ao pensamento filosófico, pois por trás desse mito tem toda uma filosofia, fruto da análise dos gregos antigos sobre o seu próprio comportamento diante da paixão.
Então nós vemos aí, a mitologia grega, já incitando de certa forma o pensamento filosófico, há nesse mito por si só uma espécie de filosofia por trás, da diferença do amor e da paixão, o amor tudo suporta, tudo perdoe, a paixão busca possuir tal como um território o objeto da paixão.
O mito de certa forma proporcionou aos gregos um pensamento filosófico logo desde sua origem, veja por exemplo a idéia grega de origem do mundo e dos deuses, quando no início era o caos e de repente aparece a deusa gaia, terra e o deus urano, representando o céu e mais tarde aparece da união do céu e da terra ou seja Urano e Gaia nasce Chronos e o Chronos por temer que seus filhos o destruissem e tomasse seu trono, ele começa a comer os filhos, o Chronos representa o tempo que a tudo engole, Chronos engolindo os deuses significa o tempo engolindo todas as coisas, e a partir que ele engole ele recebe em si mesmo todas as virtudes e poderes dos deuses, como que se o tempo engolindo todas as coisas através dos anos e horas, acaba tornando propriedade sua todas as coisas, desde os homens até os animais. Então no caso dos gregos, não houve uma passagem tão forte assim do pensamento mítico para o filosófico já que a própria mitologia grega envolvia uma certa dose de filosofia. Através de seus mitos eles acabavam filosofando sem perceber, como o caso de pandora, por exemplo, a palavra pandora significa aquela que possui todos os dons, esse título não é dado ao homem mas sim à mulher, dando a mulher um certo nível de superioridade. Mas os gregos não são o único povo a ver a mulher dessa forma, os hebreus na bíblia, no texto original de Genesis capítulo 2 em hebraico aparece a palavra criar duas vezes, falando que o homem foi criado do barro e que Deus depois de ter criado o homem do barro tornou o homem numa matéria evoluída e que a mulher ao ser criada da costela (ou seja foi criada da matéria já evoluída pois o homem ja tinha sido criado já não era barro, a mulher foi evoluida a partir de uma materia que por si só já era evoluída, então a tradição rabinica diz que a mulher é duas vezes mais evoluida que o homem, fato é que a serpente (a influencia espiritual negativa, diabo) falou com a mulher e não com o homem, como se a mulher tivesse uma sensibilidade maior no mundo espiritual. Então essas idéias, essas histórias por si só já criam todo um pensamento filosófico junto. Mas a passagem plena do pensamento mítico para o filosófico acontece talvez quando o homem uma vez criado naquele mito ele passa a questionar e a não aceitar as assim chamadas verdades absolutas da crença de seu próprio povo, lembre-se de que o mito era uma história religiosa sagrada contada pelos gregos para os gregos, logo é a idéia de não aceitar verdades absolutas, passar a questionar o mundo através do pensamento racional, ou seja, através do raciocínio e não mais através da crença.