Considerando o papel político da linguagem/discurso nas cidades gregas, EXPLIQUE por que o filósofo Platão

está tão preocupado em definir qual o discurso verdadeiro e qual o falso. "ESTRANGEIRO: Vou proferir diante de ti uma proposição, unindo o sujeito a uma ação por meio de um nome e de um verbo, e me dirás do que trata essa proposição.

TEETETO: Assim farei, se puder. D

ESTRANGEIRO: “Teeteto está sentado” é uma longa proposição?

TEETETO: Não, ao contrário, é bastante breve.

ESTRANGEIRO: Cabe a ti dizer sobre quem e do que fala.

TEETETO: Obviamente, sobre mim.

ESTRANGEIRO: E a seguinte?

TEETETO: Qual?

ESTRANGEIRO: “Teeteto, com quem estou conversando, voa.”

TEETETO: Também aqui a única resposta possível é a mesma, sobre mim.

ESTRANGEIRO: Mas cada uma dessas proposições deve ter uma característica.

TEETETO: Sim.

ESTRANGEIRO: E que qualidade devemos atribuir a cada uma dessas proposições?

TEETETO: Pode-se dizer que uma é verdadeira e outra, falsa.

ESTRANGEIRO: A verdadeira diz a seu respeito o que é.

TEETETO: Certo!

ESTRANGEIRO: E a falsa diz algo diferente do que é.

TEETETO: Sim.

ESTRANGEIRO: Portanto “diz aquilo que não é.

TEETETO: Sim, é o que diz.

ESTRANGEIRO: E diz a seu respeito coisas que não se aplicam, que não são como no real, pois como dissemos a respeito de qualquer coisa há muitas formas de as coisas serem e não serem." (O Sofista, de Platão)

1 Resposta

  • Clara

    me desculpe mas eu não entendi nada

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