Diferencie deus cartesiano do deus espinosano.

1 Resposta

  • Evellyn

     ponto principal do pensamento de Spinoza é a comunhão entre Deus e a natureza. Spinoza critica a religião porque ela está alimentada pelo medo e a supertição. Devemos fazer uma interpretação racional da Bíblia. A diferença entre filosofia e religião é que a primeira busca a verdade e a sugunda precisa da obediência para ser realizada. Spinoza saiu da sociedade. Desde que foi excomungado, viveu à parte. Isso implica buscar vivências incomuns às galerias. Spinoza buscou a espiritualidade racionalista, é profunda sua cultura e é clara sua visão de assuntos que estão fora da subjetividade, e envolvem um conhecimento complexo, conhecimento este que nos dias de hoje são marcado pela banalização cultural e a ideologia deturpada pelas derrotas sucessivas. Desse modo , Spinoza, numa época ainda pura nos conceitos, fala de Deus, da alma e da mente. A religião e o Estado devem estar subjugados à eles. Spinoza não acreditava na divindade de Cristo, mas o colocava como o primeiro entre os homens. Spinoza, na mesma época que Locke, defendeu o liberalismo político. Para ele, direitos naturais são as regras do ser. Somos forçados a obedecer as leis naturais, que são divinas e eternas. A ajuda mútua é necessária e útil. Sem ela, os homens não poder viver confortavelmente nem cultivar seus espíritos. O objetivo do Estado não deve ser tirânico (como em Hobbes) mas libertário. O direito natural em Spinoza é compatível com a democracia: é nas grandes massas que a natureza humana melhor se manifesta 

    Espinosa, durante algum tempo esteve inserido na dita "corrente cartesiana". Acredito não haver uma comparação muito próxima entre o corpus cartesiano e o espinosano. 
    Se nos remetemos a metafísica de Espinosa, vemos que a substância consta de infinitos atribuitos, nos quais, dois nos são "mostrados", a saber: extensão e pensamento. Já nas Metidações de Descartes os atributos são finitos. 
    Se podemos falar de uma comparação entre ambos, no que tange à metafísica, podemos dizer que tanto Descartes como Espinosa concebem Deus como um Ser necessáriamente infitino e eterno. 
    A Ética I (De Deus) de Espinosa, apresenta significativas modificações da metafísica cartesiana.

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