Esse questionamento é difícil de ser enfrentado. Lembro de ter pago uma disciplina chamada "Filosofia no Brasil e na América Latina", onde houve uma extensa discussão sobre essa temática. Será que existe uma filosofia do Brasil? Da América Latina? Oriental? Africana? etc.
Proponho dois tipos de abordagem:
1) Se tomarmos filosofia como uma busca que possui como um de seus pressupostos a universalidade, não teremos uma filosofia específica para cada um desses casos, afinal, a filosofia como um todo, seria universal e aplicada em cada local de maneira específica. Então, seria Filosofia em África.
2) Mas, o processo filosófico, pode ser também estruturado de forma independente, se deixarmos a velha ideia de que a filosofia só é filosofia nos moldes grego, europeu, que excluí de sua esfera tudo que se mostra diverso, como se fosse uma filosofia central, o verdadeiro ser, enquanto as "demais filosofias", são periféricas, o não ser. Desta maneira, seria um preconceito eurocêntrico a não aceitação de uma filosofia Africana ou de qualquer outra parte do mundo.
Indico a leitura do filósofo argentino Enrique Dussel, que propõe uma filosofia da libertação, de onde tirei essa temática.
jakezika
Esse questionamento é difícil de ser enfrentado. Lembro de ter pago uma disciplina chamada "Filosofia no Brasil e na América Latina", onde houve uma extensa discussão sobre essa temática. Será que existe uma filosofia do Brasil? Da América Latina? Oriental? Africana? etc.
Proponho dois tipos de abordagem:
1) Se tomarmos filosofia como uma busca que possui como um de seus pressupostos a universalidade, não teremos uma filosofia específica para cada um desses casos, afinal, a filosofia como um todo, seria universal e aplicada em cada local de maneira específica. Então, seria Filosofia em África.
2) Mas, o processo filosófico, pode ser também estruturado de forma independente, se deixarmos a velha ideia de que a filosofia só é filosofia nos moldes grego, europeu, que excluí de sua esfera tudo que se mostra diverso, como se fosse uma filosofia central, o verdadeiro ser, enquanto as "demais filosofias", são periféricas, o não ser. Desta maneira, seria um preconceito eurocêntrico a não aceitação de uma filosofia Africana ou de qualquer outra parte do mundo.
Indico a leitura do filósofo argentino Enrique Dussel, que propõe uma filosofia da libertação, de onde tirei essa temática.