A democracia grega (chamada pelos teóricos de democracia dos antigos) era caracterizada pelo fato de os cidadãos (escravos, por exemplo, não eram cidadãos) decidirem de forma direta uma questão.
O povo se reunia na "ágora" (praça pública principal) e por votação direta resolvia os problemas da "pólis" (cidade).
É por causa desta forma de decidir na "ágora" (praça pública) que as cidades ocidentais valorizam tanto as praças como centro da vida pública de uma cidade. Não é à-toa, por exemplo, que os fóruns são, na sua imensa maioria, nas praças principais das cidades.
Perceba que a democracia não era representativa (através de partidos políticos e representantes do povo), mas direta.
A democracia direta está em extinção porque a quantidade de pessoas aumentou tanto que se tornou impossível o povo decidir tudo e também porque o mundo moderno adquiriu novas necessidades como veremos adiante.
A democracia direta ainda existe na Suíça nos cantões (estados autônomos).
A democracia atual (democracia moderna) é semi-direta, ou seja, possui representação (partidos políticos e pessoas eleitas pelo povo para representá-lo) e formas diretas de decisão (como referendo e plebiscito). Possui um pouco de democracia direta e um pouco de democracia representativa.
Outra diferença é que a democracia antiga era exatamente (e somente) o que a literalidade diz: poder do povo.
Hoje democracia (democracia moderna) implica um conjunto de valores que vão além do fato de ser um poder do povo, pelo povo e para o povo.
Democracia hoje também é respeito às minorias, respeito ao dogma jurídico da dignidade da pessoa humana, controle dos abusos da democracia direta (excesso de plebiscito e referendo) e valores da liberdade.
Para um regime ser considerado democrático na Grécia antiga, bastava que o poder (as decisões) emanasse do povo.
Para um regime ser considerado democrático hoje, além do poder (decisões) ser emanado do povo, deve-se respeitar as minorias (o povo não pode esmagar as minorias), respeitar a dignidade da pessoa humana (o povo não pode decidir contra esse dogma jurídico) e não haver abuso de plebiscitos e referendos para legitimar restrições aos direitos e liberdades individuais (como acontece com uma nação irmã, a Venezuela de Chávez).
A democracia moderna deve também possuir instituições autônomas e fortes para controlar o Estado (como, por exemplo, o Ministério Público e o Judiciário), bem como entidades civis (como OAB).
Em suma, hoje só é democracia o regime do povo que garante os direitos e liberdades individuais.
alves1250
A democracia grega (chamada pelos teóricos de democracia dos antigos) era caracterizada pelo fato de os cidadãos (escravos, por exemplo, não eram cidadãos) decidirem de forma direta uma questão.
O povo se reunia na "ágora" (praça pública principal) e por votação direta resolvia os problemas da "pólis" (cidade).
É por causa desta forma de decidir na "ágora" (praça pública) que as cidades ocidentais valorizam tanto as praças como centro da vida pública de uma cidade. Não é à-toa, por exemplo, que os fóruns são, na sua imensa maioria, nas praças principais das cidades.
Perceba que a democracia não era representativa (através de partidos políticos e representantes do povo), mas direta.
A democracia direta está em extinção porque a quantidade de pessoas aumentou tanto que se tornou impossível o povo
decidir tudo e também porque o mundo moderno adquiriu novas necessidades como veremos adiante.
A democracia direta ainda existe na Suíça nos cantões (estados autônomos).
A democracia atual (democracia moderna) é semi-direta, ou seja, possui representação (partidos políticos e pessoas eleitas pelo povo para representá-lo) e formas diretas de decisão (como referendo e plebiscito). Possui um pouco de democracia direta e um pouco de democracia representativa.
Outra diferença é que a democracia antiga era exatamente (e somente) o que a literalidade diz: poder do povo.
Hoje democracia (democracia moderna) implica um conjunto de valores que vão além do fato de ser um poder do povo, pelo povo e para o povo.
Democracia hoje também é respeito às minorias, respeito ao dogma jurídico da dignidade da pessoa humana, controle dos abusos da democracia direta (excesso de plebiscito e referendo) e valores da liberdade.
Para um regime ser considerado democrático na Grécia antiga, bastava que o poder (as decisões) emanasse do povo.
Para um regime ser considerado democrático hoje, além do poder (decisões) ser emanado do povo, deve-se respeitar as minorias (o povo não pode esmagar as minorias), respeitar a dignidade da pessoa humana (o povo não pode decidir contra esse dogma jurídico) e não haver abuso de plebiscitos e referendos para legitimar restrições aos direitos e liberdades individuais (como acontece com uma nação irmã, a Venezuela de Chávez).
A democracia moderna deve também possuir instituições autônomas e fortes para controlar o Estado (como, por exemplo, o Ministério Público e o Judiciário), bem como entidades civis (como OAB).
Em suma, hoje só é democracia o regime do povo que garante os direitos e liberdades individuais.