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Leia o texto a seguir.
Em Homero, a noção de virtude (areté), ainda não atenuada por seu posterior uso puramente moral, significava o mais alto ideal cavalheiresco aliado a uma conduta cortesã e ao heroísmo guerreiro. Identificada a atributos da nobreza, a areté, em seu mais amplo sentido, designava não apenas a excelência humana, como também a superioridade de seres não humanos, como a força dos deuses ou a rapidez dos cavalos nobres. Só algumas vezes, nos livros finais das epopéias, é que Homero identifica areté com qualidades morais ou espirituais. Em geral, significa força e destreza dos guerreiros ou dos lutadores, valor heróico intimamente vinculado à força física. A virtude em Homero é, portanto, atributo dos nobres, os aristoi. Estreitamente associada às noções de honra e de dever, representa um atributo que o indivíduo possui desde seu nascimento, a manifestar que descende de ilustres antepassados. Os heróis, quando se apresentam, fazem questão, por isso mesmo, de revelar sua ascendência genealógica, garantia de seu valor pessoal. Os aristoi – os possuidores de areté – são uma minoria que se eleva acima da multidão de homens comuns: se são dotados de virtudes legadas por seus ancestrais, por outro lado precisam dar testemunho de sua excelência, manifestando as mesmas qualidades – valentia,
força, habilidade – que caracterizaram seus antepassados.
A investigação das origens divinas dos humanos na mitologia grega serve, para além do valor cosmogônico, como:
a) elemento catártico e dramático para o teatro e a poesia.
b) demonstração hierárquica de uma minoria virtuosa.
c) pedagogia fantasiosa para o aprendizado infantil.
d) marcação moralizante para aqueles que merecem o
paraíso.
e) explicação racional para a existência do Universo.

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