O EROS FILOSÓFICO e o Capítulo: Sobre O QUE É O CONHECIMENTO. 1. Relacione a Teogonia de Hesíodo

ao Mito do Nascimento do Amor de Platão. Aspectos comuns e diferentes.

1 Resposta

  • Isadoradp

    Hesíodo, na Teogonia forneceu à cultura grega o mais antigo  preceituário a respeito de uma gênese divina do Kósmos, em grego, a origem da estrutura universal em sua totalidade.

    Em seu registro a respeito da geração dos quatro deuses primordiais, o logos mítico  de Hesíodo profere que, antes de tudo nasceu o Caos,  e depois veio a Terra,  depois, no fundo da terra, veio o tenebroso Tártaro, e, por fim, nasceu o formoso Eros.

    Não foi sem razão que Eros nasceu  por último. Ele, mesmo nos primórdios, nasceu por último justamente em razão de que,  perante o Caos, veio a ser o deus ordenador: "aquele que, dos deuses e dos homens, doma  dentro do peito a inteligência e a sensatez da vontade".

    Platão, mesmo reconhecendo a diferença da narrativa mítica e logos filosófico, parte do Mito de Nascimento do Amor, para estabelecer a relação entre a natureza sensível e a inteligível.

    Para Platão, Eros representou  o entendimento humano das sensações que o atingem, o complexo universo das pulsões humanas, concedendo-lhe uma essência, e isto quer  dizer, prover-se uma substantivação em termos de uma realidade conceitual concreta,  observável.

    Assim, Eros veio a ser intelectivamente concebido, sem desfazer do ancestral, como um  proposto mítico-teórico qualificador da compreensão tanto do que é o amor quanto da  ação de amar.

    Daí por que Eros, para Platão, se manteve igualmente um deus: porque desde a sua origem tem característica essencialmente educadora da natureza humana e expressa a divindade que o amor e a ação de amar forçosamente requerem.

    Bons estudos!

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