O Mito da Caverna de Platão    Adaptação JOSUÉ COSTA Professor de filosofiaExistem textos e imagens

O Mito da Caverna de Platão    Adaptação JOSUÉ COSTA
Professor de filosofia

Existem textos e imagens que não cansamos de ler porque a cada repetição do olhar há uma renovada interpretação que nos instiga. A fantástica narrativa metafórica do Mito da Caverna, de Platão, é uma delas. Quanto mais lemos, mais interpretamos e mais aprendemos.

O filósofo grego diz muita coisa em tão pouco texto. Ensina muito numa narrativa tão curta, aparentemente tão simples.

O Mito da Caverna desperta a imaginação a cada leitura que fazemos. Tem substrato para debate em todas as idades e níveis de aprendizagem. Tem, em sua essência, uma vasta e rica linguagem símbolica que exclui a possibilidade de uma aula chata quando abordado. Esquecemos do professor e da matéria, menos do Mito da Caverna. Podemos nem saber explicá-lo bem, mas é, assim mesmo, memorável. Isso é um mistério.

Platão, na parábola da caverna, fala muito do todo pelas partes. Cada símbolo posto rende muitas interpretações. Podemos ver, por exemplo, o quanto o autor ensina muito pela luz do sol, talvez o mais rico símbolo da narrativa.

Não há libertação da ignorância sem a posse do conhecimento. Quando aquele prisioneiro quebra as amarras que o prendem ao interior da caverna não há posse, ali, da liberdade querida. Não somos livres quando nos libertamos dos vícios, da preguiça, do vazio, enfim. Apenas criamos possibilidades de acolhimento da libertação que está noutro estágio. Já é muito, mas não é tudo. De nada adianta ter tempo e vontade para ler se não lemos. Não basta o reconhecimento da ignorância se não a substituímos pela episteme, conhecimento que vem do ato de se debruçar para entender racionalmente o mistério.

O sábio é aquele que sabe que não sabe e procura saber. O ato de procurar é a dinâmica do enriquecimento intelectivo. O tolo é aquele que reconhece a sua ignorância, mas fica indiferente ao apelo do saber. Sabe que não sabe, mas pouco se importa com a responsabilidade de aprender. É o que ensina Sócrates.

O ex-prisioneiro se libertou das correntes, mas foi na luz do sol que encontrou o sentido de sua libertação.

As verdadeiras formas das coisas, aquilo que elas são e as potencialidades que têm para vir a ser, só podem ser vistas pelo pensar. Aliás, a existência humana é certeza quando pensamos, como pondera o moderno Descartes - cogito ergo sum.

O ato de pensar como completude e fim último do processo de libertação, representado pela luz do sol na narrativa platônica, concentra toda a riqueza do Mito da Caverna.

De fato, quando outra luz é o nosso guia vemos pouco ou vemos mal. Nenhuma outra luz substitui, em qualidade, a luz solar enquanto claridade necessária para acharmos o que procuramos. A luz do sol dá forma perfeita às coisas. Revela detalhes, perfeições e imperfeições que nenhuma outra luz pode fazê-lo. É assim quando pensamos. Vemos mais e melhor.
1) Faça um comentário sobre o que você entendeu do texto. Mínimo 5 linhas.

2) Como você compreende o fato de um indivíduo ficar o dia inteiro antenado nas redes sociais?

3) Você entende que estudar é uma forma de se libertar da ignorância?

4)Em que sentido estudar é uma prisão?

5)O que você busca em sua empreitada pelo conhecimento?

6)A preguiça é prejudicial para quem quer vencer na vida? Explique.

7)Assista o vídeo da música de Alok : https://youtu. be/Qs1IQAdp-60 e diga o que você entendeu sobre o vídeo.

1 Resposta

  • Mariarosadasilva

    resposta da 1 e c 2 e b 3 a 4 a 5 c 6 b 7 a

Clique aqui para adicionar a sua resposta.