O Behavirosimo Radical, seguramente, apresenta-se como uma das mais polêmicas abordagens dentre aquelas de maior projeção no âmbito da psicologia durante o presente século. O não menos polêmico e principal proponente desta abordagem - B.F. Skinner -sucitou, através de vasto legado bibliográfico (científico e filosófico), as mais diversificadas críticas e posicionamentos.
O ideal de constituição de uma ciência do comportamento humano, fundamentada na predição e controle do seu objeto de estudo, certamente encontraria notórias resistências. Skinner ocupou-se, ao longo de sua carreira, em identificar e caracterizar posicionamentos antagônicos a este ideal, reconhecendo que "o comportamento é uma matéria difícil, não porque inacessível, mas porque é extremamente complexo. Desde que é um processo e não uma coisa, não pode ser facilmente imobilizado pela observação" (Skinner, 1953/1981; p. 27).1
Parece-nos que a compreensão do conjunto de argumentos que caracterizam a proposta epistemológica de Skinner poderia ser significativamente facilitada e aprimorada, não apenas pelo desenvolvimento de técnicas didáticas para o ensino e valorização de atitudes científicas, de atitudes compatíveis com a busca sistemática da regularidade, da uniformidade, das relações ordenadas entre os eventos da natureza. Igual relevância deve também ser atribuída ao trabalho de leitura cuidadosa e minuciosa da natureza e do alcance das propostas de Skinner. Trabalho esse comprometido com a identificação das propostas que tornam o conhecimento do Behaviorismo Radical algo pertinente para uma reflexão mais crítica acerca dos problemas que caracterizam a vida humana em sociedade (Cf. Andery, 1993; Micheletto & Sério, 1993; Tourinho, 1993).
Neste texto objetivamos apresentar alguns aspectos epistemológicos básicos dos Behaviorismo Radical, bem como ressaltar que tais aspectos parecem implicar na necessidade de uma revisão das práticas tradicionais de análise de problemas nitidamente humanos.
Poderíamos mencionar, ao menos, dois imponentes adversários ao projeto advogado por Skinner de constituição de uma ciência do comportamento humano.
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O Behavirosimo Radical, seguramente, apresenta-se como uma das mais polêmicas abordagens dentre aquelas de maior projeção no âmbito da psicologia durante o presente século. O não menos polêmico e principal proponente desta abordagem - B.F. Skinner -sucitou, através de vasto legado bibliográfico (científico e filosófico), as mais diversificadas críticas e posicionamentos.
O ideal de constituição de uma ciência do comportamento humano, fundamentada na predição e controle do seu objeto de estudo, certamente encontraria notórias resistências. Skinner ocupou-se, ao longo de sua carreira, em identificar e caracterizar posicionamentos antagônicos a este ideal, reconhecendo que "o comportamento é uma matéria difícil, não porque inacessível, mas porque é extremamente complexo. Desde que é um processo e não uma coisa, não pode ser facilmente imobilizado pela observação" (Skinner, 1953/1981; p. 27).1
Parece-nos que a compreensão do conjunto de argumentos que caracterizam a proposta epistemológica de Skinner poderia ser significativamente facilitada e aprimorada, não apenas pelo desenvolvimento de técnicas didáticas para o ensino e valorização de atitudes científicas, de atitudes compatíveis com a busca sistemática da regularidade, da uniformidade, das relações ordenadas entre os eventos da natureza. Igual relevância deve também ser atribuída ao trabalho de leitura cuidadosa e minuciosa da natureza e do alcance das propostas de Skinner. Trabalho esse comprometido com a identificação das propostas que tornam o conhecimento do Behaviorismo Radical algo pertinente para uma reflexão mais crítica acerca dos problemas que caracterizam a vida humana em sociedade (Cf. Andery, 1993; Micheletto & Sério, 1993; Tourinho, 1993).
Neste texto objetivamos apresentar alguns aspectos epistemológicos básicos dos Behaviorismo Radical, bem como ressaltar que tais aspectos parecem implicar na necessidade de uma revisão das práticas tradicionais de análise de problemas nitidamente humanos.
Poderíamos mencionar, ao menos, dois imponentes adversários ao projeto advogado por Skinner de constituição de uma ciência do comportamento humano.