Michel Foucault nasceu em Poitiers, na França (15/06/1926) e morreu em Paris (25/06/1984). Graduou-se em Filosofia e estudou também psicologia, história e medicina.
Para Foucault, no que tange ao ser humano, o problema do desejo versus objeto de controle são o cerne da questão da subjetividade. É o de "cuidado" de si emancipado o sistema disciplinar.
Foucault renega os modos tradicionais de analisar o poder e procura realizar suas análises não de forma dedutiva e sim indutiva, por isso passou a ter como objeto de análise não categorias superiores e abstratas de análise tal como questões do que é o poder, o que o origina e tantos outros elementos teóricos, voltando-se para elementos mais periféricos do sistema total, isto é, passou-se a interessar-se pelos locais onde a lei é efetivada realmente. Hospitais psiquiátricos, forças policiais, etc. são os locais preferidos do pensador para a compreensão das forças reais em ação e com quais devemos realmente nos preocupar, compreender e buscar renovar constantemente.
Segundo este pensamento, devemos compreender que a lei é uma verdade "construída" de acordo com as necessidades do poder, em suma, do sistema econômico vigente, sistema, atualmente, preocupado principalmente com a produção de mais-valia econômica e mais-valia cultural. O poder em qualquer sociedade precisa de um delimitação formal, precisa ser justificado de forma abstrata o suficiente para que seja introjetado psicologicamente, a nível macrossocial, como uma verdade a priori, universal. Desta necessidade, desenvolvem-se as regras do direito, surgindo, portanto, os elementos necessários para a produção, transmissão e oficialização de "verdades". "O poder precisa da produção de discursos de verdade”, como diria Foucault em 1979. O poder não é fechado, ele estabelece relações múltiplas de poder, caracterizando e constituindo o corpo social e, para que não desmorone, necessita de uma produção, uma acumulação, uma circulação e um funcionamento de um discurso sólido e convincente.
Para Foucault, nos séculos XVIII e XIX, a população torna-se um objeto de estudo e de gestão política. Passagem da norma da lei. Numa sociedade centrada sobre a lei, mudou para uma empresa de gestão centrada no padrão. Esta é uma consequência da grande revolução liberal. ..
OBRAS: Vigiar e punir e A hermenêutica do sujeito.
PAUL RICOEUR (1913-2005) foi um filósofo francês do período que seguiu a II Guerra Mundial. Além de filósofo, foi pesquisador na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Para ele, o indivíduo possui duas dimensões:
(1) como membro de uma sociedade
(2) ser independente e autônomo, a que ele denomina “sentido moral”.
Enfim, para ele o ser humano é um indivíduo autônomo e independente.
Paul Ricoeur questiona o processo de individualização. Como nos individualizamos? Nos individualizamos através da LINGUAGEM.
A LINGUAGEM é o ponto de partida; por meio dela nos expressamos e dizemos o mundo, ou seja, é a uma forma de colocar para fora aquilo que pensamos.
Através da linguagem o ser humano é capaz de dizer o indivíduo de três formas:
I. DESCRIÇÕES DEFINIDAS: existe um entrecruzamento de categorias para designar um indivíduo “O executivo que sempre compra o jornal de esportes”
EXECUTIVO: de todos os executivos nos referimos ao que sempre compra o jornal de esportes.
JORNAL DE ESPORTES: de todas as pessoas do mundo nos referimos ao indivíduo que sempre compra o jornal.
II. NOMES PRÓPRIOS: definição específica e permanente (singularidade do indivíduo) “Luis eu me refiro ao Luis, resta me especificar suas propriedades: O Luis da casa azul da esquina.”
III. INDICADORES: que podem ser pronomes pessoais (eu e tu); pronome demonstrativo (isto e aquilo); advérbio de lugar (aqui e além); advérbio de tempo (amanhã e agora); além de outras categorias gramaticais.
Os indicadores são diferentes dos nomes porque podem designar seres diferentes.
Ipseidade
A IPSEIDADE é a fala que usamos para dizer o que pertence ao indivíduo à sua singularidade. Aquilo que entre os vários de uma espécie, diferencia um só.
Somos seres que nos caracterizamos por intuir o mundo pela linguagem. Ela nos proporciona o que somos: seres que fazem uso desta linguagem para se expressar, ouvir e interpretar.
Dizer quem somos: quem é este (eu), para falar deste (eu) temos que narrar e ao narrar somos obrigados a dizer a ação desse sujeito.
felipe0387
Explicação:
Michel Foucault nasceu em Poitiers, na França (15/06/1926) e morreu em Paris (25/06/1984). Graduou-se em Filosofia e estudou também psicologia, história e medicina.
Para Foucault, no que tange ao ser humano, o problema do desejo versus objeto de controle são o cerne da questão da subjetividade. É o de "cuidado" de si emancipado o sistema disciplinar.
Foucault renega os modos tradicionais de analisar o poder e procura realizar suas análises não de forma dedutiva e sim indutiva, por isso passou a ter como objeto de análise não categorias superiores e abstratas de análise tal como questões do que é o poder, o que o origina e tantos outros elementos teóricos, voltando-se para elementos mais periféricos do sistema total, isto é, passou-se a interessar-se pelos locais onde a lei é efetivada realmente. Hospitais psiquiátricos, forças policiais, etc. são os locais preferidos do pensador para a compreensão das forças reais em ação e com quais devemos realmente nos preocupar, compreender e buscar renovar constantemente.
Segundo este pensamento, devemos compreender que a lei é uma verdade "construída" de acordo com as necessidades do poder, em suma, do sistema econômico vigente, sistema, atualmente, preocupado principalmente com a produção de mais-valia econômica e mais-valia cultural. O poder em qualquer sociedade precisa de um delimitação formal, precisa ser justificado de forma abstrata o suficiente para que seja introjetado psicologicamente, a nível macrossocial, como uma verdade a priori, universal. Desta necessidade, desenvolvem-se as regras do direito, surgindo, portanto, os elementos necessários para a produção, transmissão e oficialização de "verdades". "O poder precisa da produção de discursos de verdade”, como diria Foucault em 1979. O poder não é fechado, ele estabelece relações múltiplas de poder, caracterizando e constituindo o corpo social e, para que não desmorone, necessita de uma produção, uma acumulação, uma circulação e um funcionamento de um discurso sólido e convincente.
Para Foucault, nos séculos XVIII e XIX, a população torna-se um objeto de estudo e de gestão política. Passagem da norma da lei. Numa sociedade centrada sobre a lei, mudou para uma empresa de gestão centrada no padrão. Esta é uma consequência da grande revolução liberal. ..
OBRAS: Vigiar e punir e A hermenêutica do sujeito.
PAUL RICOEUR (1913-2005) foi um filósofo francês do período que seguiu a II Guerra Mundial. Além de filósofo, foi pesquisador na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Para ele, o indivíduo possui duas dimensões:
(1) como membro de uma sociedade
(2) ser independente e autônomo, a que ele denomina “sentido moral”.
Enfim, para ele o ser humano é um indivíduo autônomo e independente.
Paul Ricoeur questiona o processo de individualização. Como nos individualizamos? Nos individualizamos através da LINGUAGEM.
A LINGUAGEM é o ponto de partida; por meio dela nos expressamos e dizemos o mundo, ou seja, é a uma forma de colocar para fora aquilo que pensamos.
Através da linguagem o ser humano é capaz de dizer o indivíduo de três formas:
I. DESCRIÇÕES DEFINIDAS: existe um entrecruzamento de categorias para designar um indivíduo “O executivo que sempre compra o jornal de esportes”
EXECUTIVO: de todos os executivos nos referimos ao que sempre compra o jornal de esportes.
JORNAL DE ESPORTES: de todas as pessoas do mundo nos referimos ao indivíduo que sempre compra o jornal.
II. NOMES PRÓPRIOS: definição específica e permanente (singularidade do indivíduo) “Luis eu me refiro ao Luis, resta me especificar suas propriedades: O Luis da casa azul da esquina.”
III. INDICADORES: que podem ser pronomes pessoais (eu e tu); pronome demonstrativo (isto e aquilo); advérbio de lugar (aqui e além); advérbio de tempo (amanhã e agora); além de outras categorias gramaticais.
Os indicadores são diferentes dos nomes porque podem designar seres diferentes.
Ipseidade
A IPSEIDADE é a fala que usamos para dizer o que pertence ao indivíduo à sua singularidade. Aquilo que entre os vários de uma espécie, diferencia um só.
Somos seres que nos caracterizamos por intuir o mundo pela linguagem. Ela nos proporciona o que somos: seres que fazem uso desta linguagem para se expressar, ouvir e interpretar.
Dizer quem somos: quem é este (eu), para falar deste (eu) temos que narrar e ao narrar somos obrigados a dizer a ação desse sujeito.
OBRA: O si-mesmo como um outro.
espero ter ajudado vc amiga(o)!
marca como a mlhr pfvr