Uma redação sobre ciência na educação popular​

1 Resposta

  • Juhbs

    Escrever para todos, quando estudamos a natureza, os seres

    humanos ou a sociedade, exige vontade de representar o que imagi-

    namos, entendemos ou acreditamos entender, com palavras e desenhos.

    Acostumados a escrever para o leitor especializado, não o fazemos com

    a mesma naturalidade para o público comum, leigo. É esse fato da

    cultura científica de nosso tempo que a fundação indiana Kalinga,

    com seu incentivo à popularização da ciência, a Unesco e importantes

    setores da comunidade científica tentam mudar.

    O desafio não é simples; em cinqüenta anos avançamos pouco.

    Talvez mais do que nos anos 50, saibamos hoje, com maior clareza,

    qual a importância de contar a todos o que fazemos e pensamos, para a

    democracia e para o próprio reconhecimento social do valor da pesquisa

    científica. Nas sociedades democráticas, educar e prestar contas do

    que se estuda e investiga constituem imperativo categórico fundamental.

    “A livre circulação das idéias e resultados de pesquisas é

    fundamental para o próprio avanço da ciência, o exame de suas

    implicações éticas e o enriquecimento da educação”.2

    Esses são motes

    do documento que a Unesco preparou para a conferência mundial

    sobre a ciência, realizada em Budapeste, em junho de 1999. Mas

    como promover a circulação veloz dos conhecimentos, se os próprios

    pesquisadores resistem em escrever, às vezes por temer a imprecisão

    de suas imagens e a rapidez com que elas possam se difundir. Talvez

    seja oportuno entender melhor o valor da divulgação das idéias para

    o grande público, feita pelo próprio cientista, e a importância de

    contar o percurso realizado e as imagens que o orientaram na

    caminhada. É o que tentarei

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