A partir de 1940, durante o processo de desenvolvimento industrial do Brasil, a região Sudeste concentrou, majoritariamente, as unidades produtivas das empresas transnacionais instaladas no país. As dinâmicas forçadas de migração interna – como o êxodo-rural – induzidas pelo caráter atrativo da região centro-sul, fizeram com que o espaço geográfico brasileiro fosse ocupado de forma desigual, contribuindo para a intensificação dos desequilíbrios inter-regionais. Além disso, o processo de ocupação, realizado de maneira sistemática e predatória, explica parte dos desafios urbanos e socioambientais que enfrentamos na atualidade. Segundo dados da Fundação das Nações Unidas Para Atividades em Matéria de População (FNUAP), a região metropolitana de São Paulo (Grande São Paulo) conta, atualmente, com 22 milhões de habitantes, constituindo o oitavo maior contingente demográfico do planeta, e compondo, junto à Grande Rio, a primeira megalópole da América do Sul.