Prezada Júlia,

Sim, em grande parte as razões são semelhantes. Passam, principalmente, pela ausência de epidemias, trazidas pelos europeus e que mataram mais de 90% da população indígena na América nas primeiras décadas de contato com os brancos.

Além disso, independente se era colonização de povoamento ou de exploração, eles invadiam a região, matavam os índios quando não conseguiam escravizá-los (prática que continuou com a independência dos Estados Unidos, conforme relata o livro "Enterrem meu coração na curva do rio"). Fingiam paz por um tempo e logo depois voltavam à guerra, utilizando-se de armas modernas, técnicas de guerra, doenças (por exemplo, enviavam aos índios cobertores para o frio que haviam sido usados por doentes de sarampo, varíola, dentre outras, resultando na morte de milhares de indígenas em poucas semanas).

Nesse sentido, havia gigantescas quantidades de vítimas indígenas das epidemias trazidas pelos  enquanto os europeus não eram tão afetados pelas mesmas doenças (em razão de, na Europa, após dezenas ou centenas de gerações, a maior parte das pessoas eram descendentes daqueles que apresentavam algum tipo de resistência a essas doenças), resultando em uma dominação cultural, pois os indígenas passaram a acreditar que isso se devia ao Deus dos europeus ser mais forte que os deles, de modo que houve a desestruturação de muitas sociedades indígenas e a conversão em massa em busca de salvação contra as epidemias e, em parte, por isso, até hoje, a maioria da população que habita a América é cristã.

Sugiro, para complementar seu aprendizado, que veja no you..tube o vídeo Armas germes e Aço - Conquista .

Bons estudos!