Os sistemas de escrita dos Akan e dos Manding originaram a escrita egípcia e meroítica. Hoje está comprovado que a escrita dos faráos vieram do Sudão (apud NASCIMENTO, 1996, p. 42)A pedra Rosetta que é uma inscrição com hieróglifos egípcios e outras línguas antigas conhecidas ao ser decifrada, em 1787, comprovou-se que quase todo o conhecimento científico, religioso e filosófico da Grécia antiga teve origem no Egito (África).As contribuições das diversas nações africanas, ao longo da história, para o desenvolvimento cultural, econômico, político, científico e tecnológico da humanidade é vasta e complexa, muito embora esse reconhecido seja prejudicado pela perspectiva preconceituosa que o ocidente europeu-norte-americano e sob sua influência cultural e científica nutre em relação ao continente-pai. Essa cultura do norte da África tem sido extremamente importante para toda a humanidade até os dias de hoje, particularmente pelos conhecimentos que ainda revela.O conhecimento tecnológico estava presente em diversos ambientes culturais e sociais África antiga. O saber médico, sanitário, os cálculos matemáticos e o universo astronômico eram em graus diferenciados parte deste continente. A medicina egípcia, por exemplo, tinha seu conhecimento a partir dos experimentos e estudos voltados para o interior do organismo humano, elaborado em função da prática da mumificação, do embalsamento do corpo dos faraós e de pessoas influentes desta sociedade. Deste modo se a medicina tem um pai é o cientista clínico egípcio Imhotep1, que acerca de 3.000 anos antes de Cristo já aplicava os conhecimentos médicos e de cirurgia (SOUZA e MOTTA, 2003; NASCIMENTO, 1996).O conhecimento médico não esteve situado apenas no norte africano, na região que hoje compreende Uganda, país da África Central, encontramos o saber antigo dos Banyoro que já fazia a cirurgia de cesariana antes do ano de 1879, quando o Dr. R. W. Felkin, cirurgião inglês conheceu essa técnica com extrema eficácia e técnica de assepsia, anestesia, hemostasia e cauterização. O conhecimento médico cirúrgico antigo e tradicional na África, também, operava os olhos removendo as cataratas. Essa técnica foi encontrada no Mali e no Egito, bem como acerca de 4.600 anos atrás, neste último país mencionada, já se fazia a cirurgia para a retirada dos tumores cerebrais (NASCIMENTO, 1996, p. 26).
Os Banyoro, também, detinham a séculos atrás o conhecimento acerca da vacinação e da farmacologia, logo as técnicas médicas e terapêuticas africanas não estavam voltadas, somente, para o mundo mágico, mas eles conhecimento científico, para a observação atenta do paciente (NASCIMENTO, 1996, p. 27)
O conhecimento dos Dogon6, no Mali7, em relação à astronomia é antigo. Há dados que informam que eles conheciam, desde há 5 ou 7 séculos antes da Era Cristã, o sistema solar, a Via Láctea com sua estrutura espiral, as luas de Júpiter e os anéis de Saturno. Já compreendiam que o universo é habitado por milhões de estrelas e que a lua era deserta e inabitada, sendo refletida pelo sol à noite (SOUZA E MOTTA, 2003; NASCIMENTO, 1996)
Diversos foram os povos africanos que lidaram com a metalurgia há milhares de anos. Citamos como exemplo o desenvolvido pelos Haya8, acerca de 2.000 anos atrás, em que “produziam aço em fornos que atingiam temperaturas mais altas em duzentos a quatrocentos graus centígrados do que eram capazes os fornos europeus até o séc. XIX” (SOUZA e MOTTA, 2003, p. 40-1).
O saber astronômico também era uma área de extremo conhecimento africano. Segundo Souza e Motta2 (2003, p. 40; NASCIMENTO, 1996)
A matemática, a geometria e a engenharia tem na África um conhecimento antigo. As pirâmides do Egito, por exemplo, revelam isso, na medida em que projetou-se um monumento para durar ao longo do tempo, mas que foi construído há 2.700 anos de Cristo, com ângulos de 0,7º.
Os africanos no Brasil chegou a partir das necessidades portuguesas no sentido de ampliar o seu plantio e a sua comercialização mercantil de cana-de-açúcar para seu consumo interno e para a Europa, bem como pela visualização de que o tráfico atlântico era extremamente lucrativo, além do que havia a deficiência orgânica16 das populações ameríndias ao seu contato físico trazia mais prejuízo do que lucro. O ciclo econômico do pau-brasil existente no Brasil-colônia foi viabilizado pela mão de obra indígena.
giosas, na medida em que foi ele de fato e direito o grande civilizador e colonizador da nação. Porém, Manuel Querino (1988, p. 122) procurou ser enfático, no início do século XX:
foi o trabalho do negro que aqui sustentou por séculos e sem desfalecimento, a nobreza e a prosperidade do Brasil; foi com o produto do seu trabalho que tivemos as instituições científicas, letras, artes, comércio, indústria etc., competindo-lhes, portanto, um lugar de destaque, como fator da civilização brasileira.
santosamanda45503
Os sistemas de escrita dos Akan e dos Manding originaram a escrita egípcia e meroítica. Hoje está comprovado que a escrita dos faráos vieram do Sudão (apud NASCIMENTO, 1996, p. 42)A pedra Rosetta que é uma inscrição com hieróglifos egípcios e outras línguas antigas conhecidas ao ser decifrada, em 1787, comprovou-se que quase todo o conhecimento científico, religioso e filosófico da Grécia antiga teve origem no Egito (África).As contribuições das diversas nações africanas, ao longo da história, para o desenvolvimento cultural, econômico, político, científico e tecnológico da humanidade é vasta e complexa, muito embora esse reconhecido seja prejudicado pela perspectiva preconceituosa que o ocidente europeu-norte-americano e sob sua influência cultural e científica nutre em relação ao continente-pai. Essa cultura do norte da África tem sido extremamente importante para toda a humanidade até os dias de hoje, particularmente pelos conhecimentos que ainda revela.O conhecimento tecnológico estava presente em diversos ambientes culturais e sociais África antiga. O saber médico, sanitário, os cálculos matemáticos e o universo astronômico eram em graus diferenciados parte deste continente. A medicina egípcia, por exemplo, tinha seu conhecimento a partir dos experimentos e estudos voltados para o interior do organismo humano, elaborado em função da prática da mumificação, do embalsamento do corpo dos faraós e de pessoas influentes desta sociedade. Deste modo se a medicina tem um pai é o cientista clínico egípcio Imhotep1, que acerca de 3.000 anos antes de Cristo já aplicava os conhecimentos médicos e de cirurgia (SOUZA e MOTTA, 2003; NASCIMENTO, 1996).O conhecimento médico não esteve situado apenas no norte africano, na região que hoje compreende Uganda, país da África Central, encontramos o saber antigo dos Banyoro que já fazia a cirurgia de cesariana antes do ano de 1879, quando o Dr. R. W. Felkin, cirurgião inglês conheceu essa técnica com extrema eficácia e técnica de assepsia, anestesia, hemostasia e cauterização. O conhecimento médico cirúrgico antigo e tradicional na África, também, operava os olhos removendo as cataratas. Essa técnica foi encontrada no Mali e no Egito, bem como acerca de 4.600 anos atrás, neste último país mencionada, já se fazia a cirurgia para a retirada dos tumores cerebrais (NASCIMENTO, 1996, p. 26).
Os Banyoro, também, detinham a séculos atrás o conhecimento acerca da vacinação e da farmacologia, logo as técnicas médicas e terapêuticas africanas não estavam voltadas, somente, para o mundo mágico, mas eles conhecimento científico, para a observação atenta do paciente (NASCIMENTO, 1996, p. 27)
O conhecimento dos Dogon6, no Mali7, em relação à astronomia é antigo. Há dados que informam que eles conheciam, desde há 5 ou 7 séculos antes da Era Cristã, o sistema solar, a Via Láctea com sua estrutura espiral, as luas de Júpiter e os anéis de Saturno. Já compreendiam que o universo é habitado por milhões de estrelas e que a lua era deserta e inabitada, sendo refletida pelo sol à noite (SOUZA E MOTTA, 2003; NASCIMENTO, 1996)
Diversos foram os povos africanos que lidaram com a metalurgia há milhares de anos. Citamos como exemplo o desenvolvido pelos Haya8, acerca de 2.000 anos atrás, em que “produziam aço em fornos que atingiam temperaturas mais altas em duzentos a quatrocentos graus centígrados do que eram capazes os fornos europeus até o séc. XIX” (SOUZA e MOTTA, 2003, p. 40-1).
O saber astronômico também era uma área de extremo conhecimento africano. Segundo Souza e Motta2 (2003, p. 40; NASCIMENTO, 1996)
A matemática, a geometria e a engenharia tem na África um conhecimento antigo. As pirâmides do Egito, por exemplo, revelam isso, na medida em que projetou-se um monumento para durar ao longo do tempo, mas que foi construído há 2.700 anos de Cristo, com ângulos de 0,7º.
Os africanos no Brasil chegou a partir das necessidades portuguesas no sentido de ampliar o seu plantio e a sua comercialização mercantil de cana-de-açúcar para seu consumo interno e para a Europa, bem como pela visualização de que o tráfico atlântico era extremamente lucrativo, além do que havia a deficiência orgânica16 das populações ameríndias ao seu contato físico trazia mais prejuízo do que lucro. O ciclo econômico do pau-brasil existente no Brasil-colônia foi viabilizado pela mão de obra indígena.
giosas, na medida em que foi ele de fato e direito o grande civilizador e colonizador da nação. Porém, Manuel Querino (1988, p. 122) procurou ser enfático, no início do século XX:
foi o trabalho do negro que aqui sustentou por séculos e sem desfalecimento, a nobreza e a prosperidade do Brasil; foi com o produto do seu trabalho que tivemos as instituições científicas, letras, artes, comércio, indústria etc., competindo-lhes, portanto, um lugar de destaque, como fator da civilização brasileira.