A Inconfidência Mineira foi uma revolta organizada pela elite de Minas Gerais, contrariada com os altos impostos. O levante foi denunciado antes de ser deflagrado.
Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o palco de uma das mais importantes revoltas do período colonial do Brasil.
A Inconfidência Mineira foi a revolta, de caráter republicano e separatista, organizada pela elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais contra o domínio colonial português. Também conhecida como Conjuração Mineira, demonstrou a insatisfação local com a política fiscal praticada por Portugal. Essa revolta fracassou e teve em Tiradentes um de seus participantes mais conhecidos.
Acesse também: Entenda por que Tiradentes tornou-se um mártir brasileiro
Antecedentes históricos
A Inconfidência Mineira não foi o único movimento de revolta e insatisfação dos colonos contra a Coroa portuguesa, mas, com certeza, foi um dos mais importantes — apesar de não ter sequer sido iniciado. Foi uma de muitas demonstrações de insatisfação da capitania das Minas Gerais com Portugal.
No século XVIII, Minas Gerais era a capitania mais próspera do Brasil, fruto da atividade mineradora, que trouxe riqueza e desenvolvimento para aquela região. Na década de 1750, Vila Rica, por exemplo, era uma das cidades mais populosas da América Latina, com cerca de 80 mil habitantes. Isso fazia com que a atenção de Portugal em relação a Minas Gerais fosse relativamente maior.
A relação entre colonos e a Coroa nunca foi boa, mas, ao longo do século XVIII, ela foi piorando à medida que os impostos aumentavam. Ao longo desse século, diversas revoltas aconteceram naquela capitania, e, a partir da década de 1750, a situação agravou-se porque a política fiscal de Portugal tornou-se mais rigorosa.
Na década de 1750, Portugal era administrada pelo Marquês de Pombal, e sua administração, conhecida como pombalina, impôs um aumento de impostos sobre a colônia, visando a reconstrução de Lisboa, que tinha sido destruída pelo terremoto de 1755. A continuidade de pesados impostos levou os colonos à conspiração.
Acesse também: Conheça as principais reformas realizadas pelo Marquês de Pombal
Participantes da Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira foi uma realização da elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais. Tiradentes, por exemplo, foi uma exceção, uma vez que ele não pertencia à elite da capitania. Ele era militar e comandava a tropa que monitorava o Caminho Novo, estrada que ligava Rio de Janeiro a Minas Gerais.
Apesar de ser um movimento de elite, os envolvidos com a inconfidência eram dos mais variados ofícios, e entre os conspiradores havia membros da Igreja Católica, magnatas da região, comerciantes, fazendeiros, médicos etc.
Causas da Inconfidência Mineira
Como citado, a razão direta que levou à conspiração foi a insatisfação com a política fiscal praticada por Portugal. Essa contrariedade sempre existiu, mas alguns acontecimentos específicos da década de 1780 fortaleceram a ideia de rebelião e levaram a elite local a organizá-la.
A conspiração que fez parte da Conjuração Mineira foi iniciada em algum momento da década de 1780 (não se sabe a data com precisão). Os envolvidos estavam insatisfeitos com os excessivos impostos e com o rigor de Portugal nessa questão, mas o que os empurrou para a rebelião foi a constatação de que a capitania poderia ser autossuficiente economicamente. Assim, planejaram transformá-la numa república independente.
A insatisfação foi transformada em ação contra Portugal, por conta das gestões de Luís da Cunha Meneses e do Visconde de Barbacena, ambos governadores da capitania. O primeiro foi governador de Minas Gerais entre 1783 e 1788, e seu governo ficou marcado pela corrupção e pelo abuso de poder. Ainda conseguiu irritar as elites locais ao prejudicar os interesses dessas em benefício de seus amigos mais próximos.
Já Luís Antônio Faro, ou simplesmente Visconde de Barbacena, assumiu o cargo em 1788, com a instrução de alcançar a meta de 100 arrobas de ouro estipulada pela Coroa. Se necessário fosse, o visconde deveria realizar uma derrama, isto é, uma cobrança obrigatória que visava cumprir a meta citada.
Foi a possibilidade de realização de uma derrama que levou os inconfidentes (ou conjuradores) a pegarem seu plano e colocá-lo em execução. A revolta que se iniciaria em Vila Rica estava marcada para acontecer na data da derrama. A indignação foi motivada pelo fato de a derrama sobrecarregar uma capitania já cheia de impostos a pagar e que enfrentava uma crise pela redução do ouro extraído.
Quais eram os planos dos inconfidentes?
Como mencionado, os inconfidentes pensavam em iniciar sua rebelião no dia que fosse estipulada a derrama. A rebelião seria iniciada em Vila Rica e depois espalhada por toda a capitania de Minas Gerais. Para vencer pretendiam impor uma guerra de desginternacional, mas os franceses recusaram-se a darca
clara2018
Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira foi uma revolta organizada pela elite de Minas Gerais, contrariada com os altos impostos. O levante foi denunciado antes de ser deflagrado.
Vila Rica, atual Ouro Preto, foi o palco de uma das mais importantes revoltas do período colonial do Brasil.
A Inconfidência Mineira foi a revolta, de caráter republicano e separatista, organizada pela elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais contra o domínio colonial português. Também conhecida como Conjuração Mineira, demonstrou a insatisfação local com a política fiscal praticada por Portugal. Essa revolta fracassou e teve em Tiradentes um de seus participantes mais conhecidos.
Acesse também: Entenda por que Tiradentes tornou-se um mártir brasileiro
Antecedentes históricos
A Inconfidência Mineira não foi o único movimento de revolta e insatisfação dos colonos contra a Coroa portuguesa, mas, com certeza, foi um dos mais importantes — apesar de não ter sequer sido iniciado. Foi uma de muitas demonstrações de insatisfação da capitania das Minas Gerais com Portugal.
No século XVIII, Minas Gerais era a capitania mais próspera do Brasil, fruto da atividade mineradora, que trouxe riqueza e desenvolvimento para aquela região. Na década de 1750, Vila Rica, por exemplo, era uma das cidades mais populosas da América Latina, com cerca de 80 mil habitantes. Isso fazia com que a atenção de Portugal em relação a Minas Gerais fosse relativamente maior.
A relação entre colonos e a Coroa nunca foi boa, mas, ao longo do século XVIII, ela foi piorando à medida que os impostos aumentavam. Ao longo desse século, diversas revoltas aconteceram naquela capitania, e, a partir da década de 1750, a situação agravou-se porque a política fiscal de Portugal tornou-se mais rigorosa.
Na década de 1750, Portugal era administrada pelo Marquês de Pombal, e sua administração, conhecida como pombalina, impôs um aumento de impostos sobre a colônia, visando a reconstrução de Lisboa, que tinha sido destruída pelo terremoto de 1755. A continuidade de pesados impostos levou os colonos à conspiração.
Acesse também: Conheça as principais reformas realizadas pelo Marquês de Pombal
Participantes da Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira foi uma realização da elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais. Tiradentes, por exemplo, foi uma exceção, uma vez que ele não pertencia à elite da capitania. Ele era militar e comandava a tropa que monitorava o Caminho Novo, estrada que ligava Rio de Janeiro a Minas Gerais.
Apesar de ser um movimento de elite, os envolvidos com a inconfidência eram dos mais variados ofícios, e entre os conspiradores havia membros da Igreja Católica, magnatas da região, comerciantes, fazendeiros, médicos etc.
Causas da Inconfidência Mineira
Como citado, a razão direta que levou à conspiração foi a insatisfação com a política fiscal praticada por Portugal. Essa contrariedade sempre existiu, mas alguns acontecimentos específicos da década de 1780 fortaleceram a ideia de rebelião e levaram a elite local a organizá-la.
A conspiração que fez parte da Conjuração Mineira foi iniciada em algum momento da década de 1780 (não se sabe a data com precisão). Os envolvidos estavam insatisfeitos com os excessivos impostos e com o rigor de Portugal nessa questão, mas o que os empurrou para a rebelião foi a constatação de que a capitania poderia ser autossuficiente economicamente. Assim, planejaram transformá-la numa república independente.
A insatisfação foi transformada em ação contra Portugal, por conta das gestões de Luís da Cunha Meneses e do Visconde de Barbacena, ambos governadores da capitania. O primeiro foi governador de Minas Gerais entre 1783 e 1788, e seu governo ficou marcado pela corrupção e pelo abuso de poder. Ainda conseguiu irritar as elites locais ao prejudicar os interesses dessas em benefício de seus amigos mais próximos.
Já Luís Antônio Faro, ou simplesmente Visconde de Barbacena, assumiu o cargo em 1788, com a instrução de alcançar a meta de 100 arrobas de ouro estipulada pela Coroa. Se necessário fosse, o visconde deveria realizar uma derrama, isto é, uma cobrança obrigatória que visava cumprir a meta citada.
Foi a possibilidade de realização de uma derrama que levou os inconfidentes (ou conjuradores) a pegarem seu plano e colocá-lo em execução. A revolta que se iniciaria em Vila Rica estava marcada para acontecer na data da derrama. A indignação foi motivada pelo fato de a derrama sobrecarregar uma capitania já cheia de impostos a pagar e que enfrentava uma crise pela redução do ouro extraído.
Quais eram os planos dos inconfidentes?
Como mencionado, os inconfidentes pensavam em iniciar sua rebelião no dia que fosse estipulada a derrama. A rebelião seria iniciada em Vila Rica e depois espalhada por toda a capitania de Minas Gerais. Para vencer pretendiam impor uma guerra de desginternacional, mas os franceses recusaram-se a darca