A resistência à corrupção na América Latina tem uma história longa e, em grande parte, inútil.

Isto porque os vice-reis da era colonial estabeleceram um padrão segundo o qual, centralizavam o poder e compravam a lealdade de grupos de interesses locais. Além disso, no Brasil onde os Estados inteiros contam com eleitorados únicos, as campanhas são ruinosamente caras. Candidatos gastaram R$ 4,1 bilhões nas últimas eleições nacionais e estaduais, sem contar a corrida pela Presidência. As leis de financiamento eleitoral estão cheias de brechas. A corrupção tem muitas cabeças e múltiplas causas. Muitos latino-americanos se conformaram com a situação, o que tornou a corrupção mais difícil de eliminar. ‘Rouba, mas faz’, dizem os brasileiros indulgentemente de políticos que fermentam sua ganância com eficiência. Fazendo campanha para a prefeitura de San Blas, uma cidade na costa do Pacífico do México, Hilário Ramirez Villanueva admitiu durante um comício no ano passado, que em um mandato anterior roubou, ‘mas só um pouco’. Ademais ele acrescentou: ‘Eu devolvi com a outra mão para o pobre’. Ele foi eleito e comemorou atirando cédulas de dinheiro aos seus apoiadores. É desanimador, ainda mais em lugares em que o governo tolhe a liberdade de imprensa, como no Equador e na Venezuela. O custo da corrupção é difícil de quantificar, mas com certeza é imenso. Em 2010, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), estimou que a corrupção custasse em torno de 1,4% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) todo ano. O resgate pela democracia. The Economist, in: O Estado de São Paulo, São Paulo, Economia, 15 mar. 2015, p. 8. (Adaptado). Com base no texto, assinale a afirmativa incorreta:.

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