Em 8 de janeiro de 1889, o estatístico norte-americano Herman Hollerith anuncia a invenção da máquina de contagem que, mais tarde, seria considerada a precursora do moderno sistema de processamento de dados.
Desde jovem, o descendente de alemães já era fascinado por estatísticas. Enquanto concluía o curso de Engenharia de Minas na Universidade de Columbia, quis elaborar uma máquina que conseguisse reunir e avaliar um grande número de dados.
Hollerith iniciou em 1881 um projeto para tabular com maior eficiência os dados dos censos dos EUA. Como, até então, o único meio de apuração de dados era o manual, o Escritório do Censo dos Estados Unidos levou oito anos para completar a pesquisa de 1880 e temia que os números de 1890 levassem ainda mais tempo para serem revelados.
Era urgente encontrar uma forma que abreviasse a contagem. O matemático inglês Charles Babbage já havia inventado um dispositivo que conseguia efetuar as quatro principais operações matemáticas. A memória da "calculadora" baseava-se em cartões perfurados. Mas, por falta de interesse, seu invento ficou engavetado por 70 anos.
Hollerith também utilizou cartões perfurados para ajudar a analisar os dados do censo de 1890. Ele teve a ideia ao ver um fiscal de uma ferroviária perfurar os bilhetes do trem e baseou-se nas folhas de urdidura inventadas nos anos 1800 pelo tecelão francês Joseph-Marie Jacquard. Seu grande avanço foi empregar eletricidade para a leitura, contagem e classificação dessas fichas, cujos orifícios representavam as informações colhidas pelos recenseadores.
A "Máquina do Censo" foi aprovada com sucesso num teste em Saint Louis. O governo norte-americano entusiasmou-se e contratou Hollerith para o processamento dos dados do censo geral de 1890. A única frustração seria a descoberta de que, em vez dos esperados 75 milhões de habitantes, os Estados Unidos possuiam, na realidade, "apenas" 62 milhões.
Suas máquinas concluíram em um ano o processamento que levaria, a princípio, uma década. Em 1896, Hollerith fundou a Tabulating Machine Company para vender sua invenção. A companhia tornaria-se parte da IBM em 1924.
Os cartões perfurados e as máquinas de tabulação de Hollerith consistiram num passo em direção à computação automática. Seu dispositivo poderia ler automaticamentedados previamente perfurados no cartão. O emprego dessa tecnologia permaneceria até o final da década de 1970, quando as fichas eram lidas eletronicamente por meio do movimento barras de metal.
O impulso decisivo para o empreendimento de Hollerith aconteceu no começo da década de 1940, com um invento de Konrad Zuse, na Alemanha, e Howard Aiken, nos Estados Unidos. Eles criaram uma calculadora de circuito eletrônico que levaria a IBM, em 1944, a lançar uma máquina de calcular programável e digital. Esse foi o primeiro computador da história: batizado de Mark I, el possuía 16 metros de comprimento, pesava 35 toneladas e consumia o equivalente a 100kW de energia elétrica.
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Em 8 de janeiro de 1889, o estatístico norte-americano Herman Hollerith anuncia a invenção da máquina de contagem que, mais tarde, seria considerada a precursora do moderno sistema de processamento de dados.
Desde jovem, o descendente de alemães já era fascinado por estatísticas. Enquanto concluía o curso de Engenharia de Minas na Universidade de Columbia, quis elaborar uma máquina que conseguisse reunir e avaliar um grande número de dados.
Hollerith iniciou em 1881 um projeto para tabular com maior eficiência os dados dos censos dos EUA. Como, até então, o único meio de apuração de dados era o manual, o Escritório do Censo dos Estados Unidos levou oito anos para completar a pesquisa de 1880 e temia que os números de 1890 levassem ainda mais tempo para serem revelados.
Era urgente encontrar uma forma que abreviasse a contagem. O matemático inglês Charles Babbage já havia inventado um dispositivo que conseguia efetuar as quatro principais operações matemáticas. A memória da "calculadora" baseava-se em cartões perfurados. Mas, por falta de interesse, seu invento ficou engavetado por 70 anos.
Hollerith também utilizou cartões perfurados para ajudar a analisar os dados do censo de 1890. Ele teve a ideia ao ver um fiscal de uma ferroviária perfurar os bilhetes do trem e baseou-se nas folhas de urdidura inventadas nos anos 1800 pelo tecelão francês Joseph-Marie Jacquard. Seu grande avanço foi empregar eletricidade para a leitura, contagem e classificação dessas fichas, cujos orifícios representavam as informações colhidas pelos recenseadores.
A "Máquina do Censo" foi aprovada com sucesso num teste em Saint Louis. O governo norte-americano entusiasmou-se e contratou Hollerith para o processamento dos dados do censo geral de 1890. A única frustração seria a descoberta de que, em vez dos esperados 75 milhões de habitantes, os Estados Unidos possuiam, na realidade, "apenas" 62 milhões.
Suas máquinas concluíram em um ano o processamento que levaria, a princípio, uma década. Em 1896, Hollerith fundou a Tabulating Machine Company para vender sua invenção. A companhia tornaria-se parte da IBM em 1924.
Os cartões perfurados e as máquinas de tabulação de Hollerith consistiram num passo em direção à computação automática. Seu dispositivo poderia ler automaticamentedados previamente perfurados no cartão. O emprego dessa tecnologia permaneceria até o final da década de 1970, quando as fichas eram lidas eletronicamente por meio do movimento barras de metal.
O impulso decisivo para o empreendimento de Hollerith aconteceu no começo da década de 1940, com um invento de Konrad Zuse, na Alemanha, e Howard Aiken, nos Estados Unidos. Eles criaram uma calculadora de circuito eletrônico que levaria a IBM, em 1944, a lançar uma máquina de calcular programável e digital. Esse foi o primeiro computador da história: batizado de Mark I, el possuía 16 metros de comprimento, pesava 35 toneladas e consumia o equivalente a 100kW de energia elétrica.
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