Segundo Schnellrath, as melhorias no Lapege — criado em 97 e que até recentemente ocupava apenas uma pequena sala no prédio do Cetem na Ilha do Fundão — também abrem caminho para a construção do primeiro banco de dados público com a “assinatura” química das pedras. Com isso, será possível determinar até a procedência geográfica de algumas gemas, importante instrumento no combate ao seu contrabando.E, apesar de ainda não se poder fazer isso com os chamados “diamantes de sangue" — pedras originárias de garimpos em zonas de conflito, notadamente na África, cuja comercialização é proibida por acordos internacionais —, o laboratório poderá colaborar na luta global contra a venda de outras gemas, como rubis e esmeraldas, também retiradas destas regiões.O renovado Lapege vai permitir ainda a descoberta de novas pedras preciosas com potencial econômico que possam repetir o sucesso da turmalina paraíba. Encontrada pela primeira vez no fim dos anos 1980 no estado nordestino que lhe emprestou o nome, a gema de coloração azul se tornou uma das mais cobiçadas por consumidores, e por consequência por joalheiros, ao redor do mundo, atingindo preços que rivalizam com os dos diamantes.De acordo com Schnellrath, embora algumas turmalinas “normais” também possam ter cor azulada por conterem pequenas quantidades de ferro, na paraíba o azul é muito mais forte e brilhante, resultado da presença de no mínimo 0,1% de óxido de cobre na sua composição.
— Estamos trabalhando muito na autenticação de turmalinas paraíba — conta. — O que faz ela tão diferente é a presença de cobre na sua estrutura cristalina, algo que nunca tinha sido detectado antes e que não se vê com os equipamentos comuns de um laboratório gemológico padrão.Por fim, a ampliação do Lapege possibilitará ampliar o atendimento ao público em geral interessado em verificar a autenticidade de joias de família. Segundo Schnellrath, todos os anos pelo menos cem pessoas procuram o laboratório para saber se as pedras nas joias herdadas de parentes são naturais ou sintéticas, cujo valor costuma variar entre apenas 1% a 10% das “verdadeiras”.
— Apesar de as pedras sintéticas poderem ser tão lindas quanto as naturais e até as superarem em termos de qualidade, o fato de elas serem produzidas em laboratório faz com que percam o caráter de raridade e, assim, valor — explica.
nathallya30
Segundo Schnellrath, as melhorias no Lapege — criado em 97 e que até recentemente ocupava apenas uma pequena sala no prédio do Cetem na Ilha do Fundão — também abrem caminho para a construção do primeiro banco de dados público com a “assinatura” química das pedras. Com isso, será possível determinar até a procedência geográfica de algumas gemas, importante instrumento no combate ao seu contrabando.E, apesar de ainda não se poder fazer isso com os chamados “diamantes de sangue" — pedras originárias de garimpos em zonas de conflito, notadamente na África, cuja comercialização é proibida por acordos internacionais —, o laboratório poderá colaborar na luta global contra a venda de outras gemas, como rubis e esmeraldas, também retiradas destas regiões.O renovado Lapege vai permitir ainda a descoberta de novas pedras preciosas com potencial econômico que possam repetir o sucesso da turmalina paraíba. Encontrada pela primeira vez no fim dos anos 1980 no estado nordestino que lhe emprestou o nome, a gema de coloração azul se tornou uma das mais cobiçadas por consumidores, e por consequência por joalheiros, ao redor do mundo, atingindo preços que rivalizam com os dos diamantes.De acordo com Schnellrath, embora algumas turmalinas “normais” também possam ter cor azulada por conterem pequenas quantidades de ferro, na paraíba o azul é muito mais forte e brilhante, resultado da presença de no mínimo 0,1% de óxido de cobre na sua composição.
— Estamos trabalhando muito na autenticação de turmalinas paraíba — conta. — O que faz ela tão diferente é a presença de cobre na sua estrutura cristalina, algo que nunca tinha sido detectado antes e que não se vê com os equipamentos comuns de um laboratório gemológico padrão.Por fim, a ampliação do Lapege possibilitará ampliar o atendimento ao público em geral interessado em verificar a autenticidade de joias de família. Segundo Schnellrath, todos os anos pelo menos cem pessoas procuram o laboratório para saber se as pedras nas joias herdadas de parentes são naturais ou sintéticas, cujo valor costuma variar entre apenas 1% a 10% das “verdadeiras”.
— Apesar de as pedras sintéticas poderem ser tão lindas quanto as naturais e até as superarem em termos de qualidade, o fato de elas serem produzidas em laboratório faz com que percam o caráter de raridade e, assim, valor — explica.
espero ter ajudado:)