Funcionar”, deixando de lado seu sentido mais profundo de gestão es- colar. Entende-se que se trata

não de um papel puramente burocrático-
-administrativo, mas sim de uma tarefa de articulação, de coordenação
e intencionalidade, que, embora suponha os aspectos administrativos,
vincula essencialmente o diretor à gestão pedagógica da escola.
Burak e Flack (2011) também associam gestão escolar a ações
coletivas e democráticas, com a divisão de responsabilidades individu-
ais, que devem ser pautadas num projeto maior, que congrega todos os
membros da equipe escolar em torno de objetivos, metas, decisões e
compromissos comuns. Acentua-se o caráter político democrático, que,
segundo o autor, deve permear a cultura organizacional das institui-
ções escolares. Já Cattani e Hozlmann (2011) preferem não delimitar
esse tipo de gestão à gestão escolar e a denominam gestão participativa.
Acreditam que, na gestão participativa, os trabalhadores estão inves-
tidos, diretamente ou por delegação, da capacidade de decisão na or-
ganização do trabalho, eventualmente nos processos administrativos e
comerciais, e mais raramente na condução geral da empresa.
Vários autores − Santos Filho (1998), Bordignon e Gracindo
(2000), Libâneo (2007), Lück (2007), Paro (2008), Vasconcellos (2009),
Burak e Flack (2011), e Cattani e Hozlmann (2011) − defendem uma ges-
tão escolar democrática em que a coletividade possa se manifestar atra-
vés da participação efetiva nas decisões e ações da escola. Participação e
autonomia são, segundo esses teóricos, fatores fundamentais para que
a escola construa um espaço de gestão escolar democrática. A partir
desse conceito, compreendem também que a figura do diretor muda do
administrador para o líder democrático, que busca ser um integrador
da comunidade escolar, almejando ser também um conciliador das di-
versas opiniões e anseios desse grupo.
GESTÃO DEMOCRÁTICA E AUTONOMIA DA ESCOLA
Borges (2004, p. 78) analisa que “nas últimas duas décadas tem se
observado um movimento de dimensões mundiais rumo a padrões
descentralizados de gestão dos sistemas educacionais”. Observa que
reformas educacionais foram implementadas em âmbito mundial,
tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos, para
os quais os governos vêm buscando dar autonomia administrativa e
financeira, através da participação da comunidade nos colegiados e
outras formas de gestão representativa nas escolas, passando-se, as-
sim, o poder de decisão para essas comunidades escolares. Esse autor
relata também que na América Latina as agências de financiamento,
especialmente o Banco Mundial, tiveram papel fundamental nessas
mudanças, através de seus programas que cobravam ajustes estrutu-
rais em âmbito educacional. Pág 6

1 Resposta

  • Aryadne Santtos

    meu intestino não funciona mais como antes

    Explicação:

    mas se querer mandar uma coquinha eu agradeço

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