Whitty e Power (2000) destacam que, em alguns países, como Austrália, Estados Unidos, Grâ-Bretanha

e Nova Zelândia, os partidos
conservadores e os think tanks foram responsáveis diretos por essas mu-
danças em âmbito educacional, com as quais na verdade se buscava a
redução dos custos e a transferência das responsabilidades para profes-
sores, gestores e comunidade escolar em geral. Por isso, tanto nos países
de língua inglesa quanto nos latino-americanos, o empoderamento da
comunidade se tornou uma tendência hegemônica dentro da onda de
governança escolar.
Cunha (1991) analisa que, dentro dessa política de autonomia
orquestrada pelas agências financiadores em países menos desenvol-
vidos, e especialmente no Brasil, o Estado propaga a descentralização
administrativa, financeira e pedagógica e atribui maior autonomia às
escolas. Porém, essa suposta descentralização vem acompanhada de di-
versos processos que tratam da padronização dos procedimentos admi-
nistrativos e pedagógicos com a finalidade de garantir a redução dos
custos e a redefinição dos gastos, não se abrindo mão de forma alguma
das políticas controladoras.
Bordignon e Gracindo (2000) entendem que essa autonomia não
se faz apenas com políticas que buscam criar espaços e formas de or-
ganização da escola onde se construirá a gestão democrática; o que se
deve buscar é a redefinição de conceitos e formas democráticas dentro
da escola, discutindo-se o formato da democracia que desejamos através
da oportunização da participação dos diferentes segmentos do contexto
escolar. No Brasil, essa autonomia se iniciou no final da década de 80,
ganhando força a partir da Constituição de 1988 (BRASIL, 1988) e da
Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDB/96)
(BRASIL, 1996), que instituíram a gestão democrática escolar como
princípio (ROCHA, 2009).
MÉTODO
Com o objetivo de oferecer um panorama da evolução da produção
científica sobre gestão escolar, realizou-se uma revisão de literatura de
publicações nacionais e internacionais. Para Cardoso, Alarcão e Antu-
nes (2010), a revisão de literatura permite uma análise minuciosa dos
trabalhos publicados num determinado período, facilitando a sistema-
tização do tema. A intenção foi, então, construir um referencial teórico
que possa subsidiar a análise sobre a dimensão gestão escolar. Foram
consultadas as bases de dados SciELO e Pepsic, e selecionadas obras que
abordassem a evolução do conceito de gestão escolar no Brasil e no mun-
do. Na base de dados não houve preocupação com a classificação pelo
Qualis dos periódicos. Pág 7

1 Resposta

  • liviassiqueira

    eu lia uns livros iguais a estes

    Explicação:

    se quiser me mandar uma coquinha gelada eu agradeço

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