Apesar de termos em comum a condição de humanidade, temos origens biológicas, territoriais e culturais

diferentes, e isso faz com que tenhamos diferenças não só no modo de viver a vida, mas também em aspectos físicos. Segundo Neves (2006), as principais espécies hominídeas consideradas cruciais para a história da evolução humana datam de sete milhões de anos atrás. De lá pra cá, o bipedismo, o consumo de proteína animal, a fabricação de ferramentas, o desenvolvimento do cérebro e a construção da vida em sociedade permitiram que o homem chegasse aos dias atuais como o conhecemos. Em essência, para sobreviver, cada sociedade passou por processos de adaptação em sua forma de alimentação, de vestimentas, de proteção das intempéries climáticas e de tantos outros aspectos. Estes interferiram não somente nas expressões culturais às quais se filiavam, mas também em aspectos biológicos que resultaram em mudanças físicas perceptíveis. Desse modo, a cor da pele, a cor do olho, a cor do cabelo, a altura, o tamanho, as formas corporais de partes do corpo são aspectos visíveis que diferenciam as sociedades e as culturas que conhecemos. Logo, a difusão desse conhecimento influenciou os estudos evolutivos no sentido de reforçar a ideia de que há divisão, de certa forma homogênea, entre os grupos sociais. Todavia, poderíamos dizer que estas são raças diferentes — muitas vezes percebidas pelas cores — que compõem a base para as sociedades que conhecemos hoje? Para isso, vamos estudar o próprio termo raça e problematizar os seus usos. Analise as afirmativas: I - O termo raça tem uma variedade de definições geralmente utilizadas para descrever um grupo de pessoas que compartilham certas características morfológicas. A maioria dos autores tem conhecimento de que raça é um termo não científico que somente pode ter significado biológico quando o ser se apresenta homogêneo, estritamente puro; como em algumas espécies de animais domésticos. Essas condições, no entanto, nunca são encontradas em seres humanos. (SANTOS et al., 2010, p. 122). II - Guimarães (2008, p. 64–65) destaca que é preciso esclarecer uma diferença importante para compreender esse termo de forma conceitual e mais aprofundada: O que é raça? Depende. Realmente depende se estamos falando em termos científicos ou de uma categoria do mundo real. Essa palavra “raça” tem pelo menos dois sentidos analíticos: um reivindicado pela biologia genética e outro pela sociologia. [...] A biologia e a antropologia física criaram a ideia de raças humanas, ou seja, a ideia de que a espécie humana poderia ser dividida em subespécies, tal como o mundo animal, e de que tal divisão estaria associada ao desenvolvimento diferencial de valores morais, de dotes psíquicos e intelectuais entre os seres humanos. III - Cabe deixar de lado o termo raça usado pelas ciências biológicas e tão difundido nos séculos XVIII e XIX, que entendiam como pertinente a ideia de raças humanas para diferenciar os grupos sociais — e até mesmo hierarquizá-los —, para compreender que a única raça existente é a raça humana. Neves (2006) compreende que esse termo só faz sentido se for utilizado no âmbito sociológico, no qual são levadas em consideração as origens do grupo, tanto pelos traços fisionômicos como pelos aspectos culturais, abarcando as suas complexidades históricas e a identidade dos seus membros. Após analisar as afirmativas, assinale a alternativa que apresenta a ou as afirmativas correta(s).

1 Resposta

  • Aryanemendes

    A sociedade pós-Revolução Industrial passou por mudanças significativas nas relações entre indivíduos, bem como nas relações de consumo.

    Com o domínio dos meios de produção pelas elites burguesas, as pessoas passaram a vender sua mão de obra e o tempo por valores pré definidos, com uma dinâmica agora de patrão-empregado.

    Além disso, as relações comerciais são pautadas no lucro, internacionalização de empresas e maior efetividade das comunicações.

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