Depoimento de uma professora de educação infantil que participou de pesquisas no final da década de 1990:



Eu me sinto muito empurrada, de muitas formas, pela escola, a cumprir metas. Desde quando começaram as metas para as turmas de 4 e 5 anos, o trabalho não é prazeroso, nem para mim nem para as crianças. São metas para todas as linguagens e nos cobram demais aquelas relacionadas à leitura e à escrita. Tem tempo para a criança aprender a ler o alfabeto, tempo para escrever em caixa alta, manuscrito e cursiva, saber contar até 50, realizar cálculos de adição e subtração e muito mais.

Nas turmas de 5 anos os alunos precisam ler, escrever e produzir textos na hipótese alfabética. Eu acabo transferindo para as crianças: “Façam isso!”, “ Façam aquilo!”, “Agora vamos realizar outra atividade!” e assim vai. As tarefas formais tomam conta da rotina da criança de forma precoce. Não conseguimos sequer atender às necessidades das crianças, quem dirá realizar aprendizagens de forma lúdica. Mas escutamos sempre da equipe pedagógica: a brincadeira e a interação são os eixos da nossa proposta pedagógica! (MOYLES, 2010, p. 94-95).

1) Como você analisa a situação apresentada pela professora?
2) Quais conselhos você daria a essa professora para que ela possa questionar na escola a necessidade da criação de uma cultura lúdica de aprendizagem?

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