Marcelo Pires tem nove anos e frequenta o 3º ano em uma escola pública estadual da região metropolitana

de Minas Gerais.  De acordo com a mãe de Marcelo, a causa da surdez foi uma otite que ele teve ao s 6 meses de idade, o que causou perda auditiva bilateral.  A comunicação utilizada entre os pais e a criança são gestos e mímicas, pois tanto os pais quanto Marcelo desconhecem a Libras (Língua Brasileira de Sinais). Na escola, o menino se comunica com os colegas e professoras por gestos e desenhos. As professoras comentam a falha em sua formação inicial por não terem estudado sobre a educação de pessoas surdas, tão menos da Libras. No entanto, relatam que a sobrecarga de trabalho e a falta de tempo impossibilitam esta formação continuada.
Quanto aos relacionamentos, apesar de Marcelo não saber o nome de seus colegas, na hora do recreio, interage com eles, correndo e pulando.  Ao soar o sinal de término do intervalo, dirige - se à fila no pátio, observando e seguindo seus colegas. Marcelo gosta de jogos (quebra-cabeça, memória), atividades artísticas e jogos de computador. Apresenta resistência em fazer as atividades de escrita no caderno e revelou que não gosta das aulas de Português porque é difícil para ele.   
Quanto à dinâmica na sala de aula, a professora de Marcelo dirige-se poucas vezes a ele e nas atividades não demonstra preocupação com os diferentes   estilos e ritmos de   aprendizagem da classe e interação entre os alunos.  A distribuição das carteiras na sala de aula segue o padrão “um atrás do outro”, sendo que a organização do trabalho da professora, na  maioria  das  vezes é  de  atividades  individuais  das  quais  Marcelo  necessita,  frequentemente,  levar para casa para terminar.  Diante das dificuldades, a professora de Marcelo relata: “não estou preparada para a inclusão de surdos na sala de aula”. 
Imagine que você é um consultor (a) que foi contratado(a) para analisar o cenário e propor intervenções nas relações professor-aluno, professor-formação e ou família-escola. Desse modo, apresente pelo menos dois entraves (ou seja, dificuldades ou obstáculos) manifestados no caso acima e proponha intervenções ou encaminhamentos que vão ao encontro da valorização da cultura e do acesso à língua natural das pessoas surdas.

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