Mariana é professora de física faz 7 anos. Ela percebe que, todos os anos, quando tem que desenvolver a unidade destinada as três leis de Newton, acontece a mesma coisa: ela expõe as noções na lousa e depois seus alunos resolvem numerosos exercícios. O trabalho finaliza com uma prova final contendo mais exercícios. Dois meses depois, seus alunos já não se lembram do que é a inercia e tem dificuldades para reconhecer o ponto de aplicação de uma força. Além da física, a outra grande paixão de Mariana é o ballet que pratica desde pequena. Um dia, percorrendo uma libraria na procura de novos recursos para suas aulas, achou um pequeno livro destinado a explicar a física do ballet. Sem hesitação, Mariana comprou o livro e o leu com muita atenção. Enquanto realizava a leitura já ia imaginando o projeto que, na semana seguinte, propôs a seus alunos: o trabalho começou pela análise de alguns vídeos de bailarinos realizando determinados passos (giros, saltos, levantamentos, etc.). Os alunos deveriam escolher a cena que mais os surpreendesse e realizar uma descrição científica do movimento que nela acontece. Através de sucessivas observações da cena, Mariana esperava que eles começassem a perceber detalhes do movimento, por exemplo, o que acontece com os braços e as pernas no momento de girar, pular ou o levantamento, quando o movimento é mais rápido e quando e mais lento, etc. A partir dessa rica descrição inicial, os seus alunos seriam desafiados a explicar por que o movimento dos bailarinos acontece dessa maneira. Para isso poderiam consultar variadas fontes de dados. Caso ser necessário, Mariana poderia, também, realizar breves explicações para introduzir alguma noção física importante – como inercia ou momento – que ajudasse a que os alunos conseguissem avançar na explicação dos movimentos. A professora sabe que, ao finalizar o projeto os alunos terão aprendido as três leis de Newton assim como muitas outras coisas mais.