2. Ainda que se saiba da liberdade com que Clarice Lispector lidava com esse gênero, pode-se assegurar que

Medo da eternidade é uma crônica na medida em que se trata (A) de uma dissertação filosófica sobre uma questão fundamental da vida humana, ainda que a escritora acabe se valendo de sua experiência pessoal para ilustrar a tese que se dispõe a defender. (B) de uma visão subjetiva, pessoal, de um acontecimento do cotidiano imediato, muito embora vivenciado na infância, que acaba dando margem à reflexão sobre uma questão capaz de interessar a todos. (C) de um texto poético, mesmo que em prosa, em que os acontecimentos vividos no passado ganham uma tonalidade lírica e, em lugar de serem explicitamente narrados, são dados a conhecer de modo alusivo e sugestivo. (D) da rememoração de um episódio ocorrido na infância e que é narrado tal como foi vivido, sem deixar transparecer as crenças e convicções do adulto que rememora. (E) de um texto alegórico, em que a história narrada oculta um sentido que vai muito além dela, servindo apenas como veículo da expressão de ideias abstratas que os acontecimentos permitem concretizar.

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