9. Um dos recursos para expressar o que o narrador sente em
relação ao menino é o uso do discurso indireto livre. Esse discurso mistura a voz do narrador à voz que suposta- mente seria da personagem, sem que isso seja indicado ou marcado. Por exemplo: "Nos bondes, àquela hora da noite, poderiam roubá-lo, sem que percebesse; e depois?... Que é que diria a Paraná?". A pergunta está na voz do narrador, mas é formulada pela personagem. Copie no caderno um exemplo desse tipo de discurso e explique por que ele permite perceber a posição do narrador em relação à personagem.10. Em um texto-manifesto, publicado em 1975, João Antônio reflete um pouco mais sobre o papel da literatura.
[...] Literatura, de dentro para fora. Isso é pouco. Realismo crítico. É pouco. Romance- -reportagem-depoimento. Ainda pouco. Pode ser tudo isso trançado, misturado, dosado, conluiado, argamassado uma coisa da outra. E será bom. Perto da mosca. A mosca - é quase certo - está no corpo a corpo com a vida. - a [...]
ANTÔNIO, J. Corpo a corpo com a vida. In: ANTÔNIO, J. Malhação do ludas carioca. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975, p. 143.
a) O autor lista alguns temas da literatura que considera insuficientes para a produção de uma boa obra. Liste esses temas.
b) O que seria, para o autor, uma boa literatura?
11. Ao tratar de temas sociais e utilizar personagens marginalizadas pela sociedade, o autor afirma um posicionamento político. Levante hipóteses sobre o que ele defende.
12. O conto integra uma corrente literária que também pode ser lida como uma forma de resistência. Que elementos do texto poderiam justificar essa afirmação?
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