Qual foi a punição aplicada a adamastor pelos deuses?

1 Resposta

  • lelerj

    A história e mito da amante de D. Pedro (futuro D. Pedro I), Inês de Castro, têm servido de inspiração a vários escritores. Os primeiros autores que registram o amor proibido do rei com a estrangeira são Garcia de Resende, em “As Trovas à Morte de Inês de Castro”, Camões, no terceiro canto de “Os lusíadas” e António Ferreira, em “A Castro” (primeira tragédia clássica portuguesa).

    Segundo consta, o primogênito de D. Afonso IV, D. Pedro, casou-se com D. Constança Manuel, porém, apaixonou-se pela bela galega D. Inês de Castro. O romance dos dois passou a ser comentado e mal visto pela corte e pelo povo. Sob pressão, D. Afonso manda exilar Inês no castelo de Albuquerque. No entanto, conta a lenda que, mesmo à distância, o romance teria continuado por meio de correspondências. Mas, quando sua esposa morre, no parto de seu primogênito, D. Pedro manda que Inês regresse do exílio. Várias noivas eram impostas ao herdeiro do trono, mas ele alegava já ter se casado com Inês secretamente. D. Afonso IV, a corte e o povo temiam que um dos filhos bastardos de D. Pedro (Inês teve quatro filhos com o futuro rei, sendo que um morreu no parto) assumisse o trono. Teria sido esta a razão política para que D. Afonso IV mandasse, na ausência do filho, que combatia na África, assassinar a moça. Conta, ainda, a lenda (não há registro histórico que confirme os acontecimentos posteriores) que ao voltar e tomar ciência dos fatos, D. Pedro teria mandado desenterrar a defunta para coroá-la rainha, fazendo com que toda a corte portuguesa beijasse a sua mão. Fernão Lopes e Camões registram que, ao se coroar rei, D. Pedro I teria se dedicado à vingança contra os assassinos de sua amante. Este episódio da história portuguesa deu origem à popular expressão “agora Inês é morta”.

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