Em 2019, Djamila Ribeiro, uma das convidadas da FestiPoa Literária, dividindo o palco com a escritora Sueli

Carneiro para falar sobre a sua vivência como mulher negra, compartilhou o seguinte relato: "Sempre dou um exemplo da USP que é surreal: no departamento de filosofia, só há professores que são homens brancos, e quando você vai ao banheiro, todas as terceirizadas são mulheres negras. O problema é que as pessoas naturalizaram esses lugares, pensam que é natural uma mulher negra estar num papel de submissão e servidão. As pessoas não se questionam por que aquela mulher está lá e por que os homens brancos estão nos espaços de poder. Não se questionam por que nunca tiveram professores negros ou não convivem com pessoas negras em espaços de privilégio, e isso em um país de maioria negra. Precisamos descondicionar nosso olhar e começar a entender que esses privilégios são criados como frutos da opressão de outros grupos" (RIBEIRO, 2019).

A partir disso, assinale a alternativa que melhor aborda a relação com o relato exposto.

A.
A subjetividade tem uma conceituação distinta e um relato como este não diz respeito às relações sociais, mas apenas às relações de poder.

B.
Expressa relações de poder que advêm de uma sociedade colonialista, que impõe discursos de verdade e modos de subjetivação.

C.
Marca situações cotidianas da sua vida acadêmica e expressa um discurso ideológico que busca oprimir os professores brancos.

D.
Aponta diferenças ideológicas relevantes, exprimindo relações de raça e classe, mas não traz significativas compreensões sobre os modos de subjetivação.

E.
Exemplifica uma visão pautada em ideologias ilusórias que deturpam a realidade, buscando um movimento político de massas para inverter a opressão.

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