Sobre a diagnóstico por densitometria óssea, qual das opções abaixo não representa uma fonte de

energia que já foi ou é utilizada por esta modalidade?

1 Resposta

  • Yarawaneska

    Antes da apresentação do contexto histórico, haverá uma breve descrição do método para que você possa melhor compreender esta importante modalidade médica de diagnóstico.

    A densitometria óssea é considerada uma ferramenta com padrão ouro nos diagnósticos de patologias ósseas, como a osteoporose e a osteopenia. Por meio deste método simples, indolor e não invasivo, são realizadas avaliações quantitativa da densidade mineral de estruturas ósseas, a partir do teor de cálcio de um paciente.

    Exemplos de avaliação de D.O. do fêmur. Fonte: Shutterstock.

    A realização do exame consiste em um escaneamento por raios x de baixa intensidade na região da coluna lombar (L1-L4) e região proximal do fêmur (articulação coxofemoral). Em alguns casos específicos, pode avaliar o antebraço. Contudo, as duas regiões citadas anteriormente são predominantes, pois são nessas áreas que ocorrem as principais fraturas por perda de densidade óssea quando o paciente atinge a terceira idade.

    O surgimento da modalidade

    O desenvolvimento da densitometria óssea é atribuído aos físicos médicos John R. Cameron e James Sorenson, no ano de 1963. Contudo, sua comercialização ocorreu no ano de 1964, na Universidade de Wisconsin – Madison USA, sob a tutela do Ph. D. Richard B. Mazess, fundador da Lunar Corporation.

    Primeiros equipamentos

    SPA Single Photon Absorptiometry

    Por possuir apenas um feixe de energia, não é possível a demonstração de estruturas das partes moles (gorduras e músculos). Devido a esta limitação, somente era possível a avaliação na região do antebraço. Para aquisição desta imagem, eram utilizadas fontes radioativas de Iodo-125 (27 keV) ou Amerício-241 (60 keV).

    DPA Dual Energy Photonabsorptiometry

    No início da década de 1980, um equipamento que transmitia dois feixes de energia foi desenvolvido. Esta importante alteração possibilitou a quantificação da densidade óssea nas regiões anatômicas da coluna lombar e fêmur proximal. O responsável por esta dupla energia de fótons gama era semente radioativa de Gadolínio-153, com fótons de 44 e 100 keV.

    DEXA ou DXA Dual Energy x-rays Absorptiometry

    Apenas no ano de 1987 as fontes radioativas foram substituídas por tubos de raios X. Através destes novos equipamentos, mais regiões anatômicas e novas análises se tornaram possíveis. As vantagens obtidas por esta nova metodologia de diagnóstico são menor tempo de exposição à radiação e melhor exatidão e precisão. A evolução deste equipamento é dividida em duas gerações, sendo a segunda geração denominada de FAN BEAM.

    Comentário

    O primeiro equipamento de densitometria óssea chegou ao Brasil somente no ano de 1989, ou seja, 25 anos após o início da comercialização deste aparelho.

    O surgimento da ultrossonografia

    Os estudos relativos ao som são bem antigos. Os primeiros relatos de observação foram realizados pelo italiano Spallanzani. Ele constatou que os morcegos utilizam estes recursos para poder enxergar durante o voo.

    A publicação da teoria do som pelo cientista inglês John William Strutt ocorreu no ano de 1877, inaugurando a física acústica moderna. Sua aplicação foi posta em prática durante a segunda guerra mundial, com em submarinos de geradores de sons de baixa frequência, permitindo uma melhor referência na navegação. Contudo, a grande maioria dos historiadores considera a descoberta da piezoeletricidade, por Pierre Curie, como o momento em que o ultrassom foi concebido.

     Ilustração do morcego utilizando o som para localizar objetos.

     Ilustração do submarino utilizando o som para se localizar objetos.

    Antes de se aventurar na descoberta da radioatividade, Pierre Curie e seu irmão, Jacques Curie, no ano de 1880, descobriram o efeito piezelétrico.

    Este efeito é definido através da aplicação de uma pressão mecânica na superfície de certos cristais, produzindo som numa frequência superior a 20 KHz.

    Com isso, perceberam que a energia mecânica se convertia em eletricidade e, que ao transmitir um pulso de ultrassom em direção a uma superfície, parte deste som retorna com informações relativas a esta estrutura.

    Com o desenvolvimento do SONAR (Sound Navigation and Ranging) e o RADAR (Radio Detection and Ranging), durante a segunda guerra mundial, métodos mais avançados de detecção de distâncias e localização de objetos por meio de ondas sonoras foram desenvolvidos. Até este momento, os estudos das ondas sonoras se resumiam às aplicações militares. Posteriormente, a metalurgia apropriou-se deste método (1928) e só depois a área médica fez uso desta forma de energia para uso diagnóstico (1920-1930).

    Sua primeira avaliação na medicina foi em aplicações terapêutica em tratamento de gastrites, úlceras, artrite reumatoide e aplicações neurológicas, na tentativa de regredir doença de Parkinson.

    Explicação:

    espero ter ajudado  

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