A família nos dias atuais não pode mais ser sintetizada em pai, mãe e filhos. Muitas vezes, o papel de pais na educação das crianças é delegado a outras pessoas como: avós, tios. Há também os casos de adoção, inclusive por casais homossexuais, constituindo famílias sem nenhuma relação consanguínea mas em que os constituintes escolheram ficar juntos.

Somado a isso, o afeto pode ser construído pela convivência. Uma turma de ensino médio, por exemplo, que convive intensamente por três ou quatro anos, se torna também uma família. De nada adiantam os laços genéticos se não há amor envolvido. Todas as formas de constituição familiar, da mais tradicional à mais polêmica, são válidas e devem ser respeitadas.

É necessário, portanto, que o governo se empenhe no cumprimento das leis de proteção à família segundo a constituição e o estatuto da criança e do adolescente e, com o apoio da sociedade, que deve acolher e respeitar as variações do conceito de família, promova, nas escolas, debates sobre a diversidade com base nos princípios de liberdade e igualdade a fim de formar cidadãos conscientes e livres de preconceito.