5)Faça um resumo das ideias principais do texto “É preciso parar para aprender” Leia o texto abaixo:

  O mito do bom selvagem Raquel de Queiroz Ninguém me diz, mas esse movimento pró-índios já se tornou modernamente, um novo indianismo. Zombava-se, até agora, da grandiloquência do Peri, de O Guarani, da prosa poética de Iracema. Mas só nisto está a diferença com o indianismo. Pois, como já se registram em cores e ao vivo as falas dos índios, não se lhes pode atribuir um discurso igual ao dos solenes tabajaras. Mas se o quadro atual é realista quanto à figura e ao falar dos povos da floresta não se pode negar que é totalmente irrealista a imagem do índio criada pela onda ecológica. O “bom selvagem”, inventado por (...) Rousseau, por Chateaubriand e, aqui, por Alencar e Gonçalves Dias, não deixa longe os Raoni e ritana, celebrados pelos devotos do Santo Daime e pelos astros do rock internacional. Mas a verdade é que o índio é gente de carne e osso, “ser humano”, igual a nós. E, tal como nós, pode ser generoso, valente, leal, criativo ou predador, cruel, ambicioso, etc, etc. Assim como nós, índio é pessoa, dotada das mesmas feições contraditórias que os demais indivíduos da espécie. O atraso no processo civilizador deixou os nossos índios caminhando ainda pela idade da pedra, mas isto não quer dizer que eles desdenhem a civilização por motivos ideológicos ou religiosos. Pelo contrário, índio nenhum recusaria trocar o seu machado de pedra por um de ferro, sua panela de barro por outra de alumínio pode-se dizer mesmo que índio adora artefatos e confortos da sociedade de consumo. Correr no Jipe, atirar de espingarda, cobrir com roupa o corpo nu, no frio. E o índio, eu creio, detesta principalmente é ser tratado como um fóssil vivo, congelado na sua cultura primitiva, para deleite dos estudiosos. E devem detestar também a tal política de os encerrar em reservas, por mais vastas que sejam essas reservas ( jamais respeitadas). A reserva é, na verdade, uma forma de gueto ecológico, onde o “homem branco” isola o selvagem. Aliás, essa expressão, “homem branco”, é de fazer rir, num país como o Brasil. Que “branco” é esse? Serão caboclos amazonenses, paraenses, nordestinos, todos raça quase pura de índio? Ou os mesclados de negro e algum pouco branco, descendo para o Sul? A pobreza do extremo Norte, onde o caboclo é esmagado pela selva, as doenças e o isolamento, ou a dos nordestinos, açoitados pelos rigores do semi-árido, não diferem muito das carências do índio no seu habitat natural. Todos precisam de remédio, assistência – governo! O índio não quer continuar no mato, preservado, feito o mico leão-dourado. Índio é um brasileiro que quer ter acesso à civilização, que é o destino finalda experiência humana. Nós não podemos escolher por eles, temos que lhes dar oportunidades e assistência – o mesmo que devemos às populações ditas “civilizadas”, que vegetam no interior e nas favelas urbanas, em piores condições, às vezes, que os próprios índios. O trabalho de aculturação será penoso, complicado, longo, tal como ainda é o desenvolvimento do resto do país. Veja esse escândalo provocado por Paulinho Paiacã: uma prova da idealização romântica que se faz do índio. Praticam-se diariamente, no Brasil, talvez centenas de estupros, e mal se sabe desses crimes. São assunto de polícia. Mas, cometido por um índio, virou manchete de jornal e tevês. Manchou-se a imagem idealizada, pecou quem não podia pecar, porque dele só se espera a virtude, dentro do ideal do “bom selvagem”. Não se pode esperar que os índios alcancem um tipo de civilização própria, encerrados nas suas reservas e na sua eterna minoridade. Eles têm que vir se juntando a nós, errando e acertando, participando também de nossas dores de crescimento. Sim, o índio, acima de tudo, é um brasileiro, como nós todos, caboclos do mesmo sangue. Não é verdade, meu amigo Marcos Terena? Índio não quer ser fechado em guetos, tem direito a se espalhar pelo país de ponta A ponta se desejar. Com a mesma liberdade com o que percorria, “rápida como a ema selvagem”, a linda Iracema dos lábios de mel. 6)A autora cita o caso de Paulinho Paiacã, muito explorado pela imprensa brasileira, para explicar que a sociedade ainda enxerga o índio como: a) Um “ser humano” como outro qualquer. b) Um ser não civilizado. c) Um objeto da idealização romântica. d) Um homem sem civilidade, e por isso, não detentor de seus instintos. e) Um ser de pouca convivência com os “seres humanos” verdadeiros. 7) Segundo o texto, a reserva indígena é: a) Um lar para os índios. b) Um lugar previamente construído para estudos biológicos c) Um lugar legalmente selecionado a fim de isolar os indígenas. d) Um lugar abandonado pelo Governo responsável. e) Um ambiente que, apesar de hostil, se faz necessário para a manutenção da raça indígena. 8) Uma alternativa abaixo abriga uma palavra que define, segundo o texto, o indígena. Assinale-a: a) Monstro b) Corajoso c) Carnívoro d) Humano e) Preguiçoso ​

1 Resposta

  • FerSilva

    1- a) Contudo

    b)Pois

    c)Embora

    d)Desde que

    e)Ainda que/ porém

    f)Segundo

    g)Mas também

    h)De modo que

    o)Até/ com

    2- a) já que não olhamos o documento dele

    B)...entanto, o homem continua sendo mais respeitado

    C)...meio ambiente, nem todas as pessoas respeitam essa lei

    D)...para melhorar o ensino nas escolas públicas

    E)Portanto, todos devem se interessar mais por essa área social

    3-a) Os alunos dispunham de pouco tempo, porém não foi possível concluir a prova de Matemática pois o pouco tempo disponível provocou protestos junto à direção da escola.

    b) Moramos no mesmo andar e Vemo-nos com frequência, mas mal nos falamos.

    c) O show estava excelente mas Eles saíram antes de terminar porque Tinha um aniversário para ir.

    d) Beatriz mudou de apartamento porque Ela fez uma viagem ao exterior e Também comprou um carro novo, mas Ficou completamente endividada.

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