A população brasileira tem um componente marcante denominado diversidade. Historicamente somos formados

por um contingente de povos nativos, imigrantes europeus, descendentes de africanos entre outras etnias. A miscigenação é uma característica da população brasileira, além de estarem impressas em nossas mais diversas e variadas características físicas. Essa mesma formação plural fornece ainda a sociedade inúmeras tradições, culturas e hábitos, os quais convivem não sem conflitos há séculos ao lado uns dos outros. As diferenças deveriam ser compreendidas como algo autêntico e natural e de modo equilibrado, acontecendo em um ambiente de tolerância, entretanto não é isso que ocorre.

1 Resposta

  • Isabelly

    ocorre por causa da história do Brasil

    Explicação:

    Temos que começar do início, Brasil foi "descoberto" em 1500, Portugal colonizou o Brasil, a miscigenação começa neste período, pois antes o Brasil era residido apenas por indígenas, A MISCIGENAÇÃO BRASILEIRA NASCE DO ESTUPRO, nossa história de preconceitos raciais e sociais já estava traçada desde está época, O EUROPEU era considerado a classificação de status principal na sociedade, AS ÍNDIAS, como mero objetos sexuais e de reprodução e os FRUTOS DESSA DESIGUALDADE, os mulatos, partos, caboclos, que INFELIZMENTE ERAM CONSIDERADOS A RAÇA "IMORAL" DA SOCIEDADE.

    As diferencias não são compreendidas mesmo no séc XXI, pela senso tradicionalista familiar, esses pré-conceitos é evidente até hoje, passado de geração em geração, mesmo que hoje seja de maneira mais sutil (ISSO POR CAUSAS DAS LEIS), porque se não fosse, o preconceito seria ainda mais eminente.

    Fica a sugestão de uma poesia

    A Dívida Brasileira (Poesia) - Fabio Brazza

    Desde que o Brasil é colônia

    Vivemos uma Aristocracia

    Sociedade de hierarquia

    cheia de frescura e cerimônia

    Ao negro a escravatura

    O branco o Senhor de Engenho

    Esse era o vil desenho

    Da formação de uma cultura

    Na moldura deste retrato

    Surgiu a mistura é fato

    O crioulo o mulato o pardo,

    todos carregando o fardo

    de um passado hostil

    foi-se o capitão do mato

    que aplicava o maltrato,

    mas o racismo persistiu

    e ainda hoje ele é latente

    de maneira tão veemente

    só que um pouco mais sutil

    Cada carta em seu baralho

    cada macaco em seu galho

    o povo assim se dividiu

    numa hierarquia social

    num Apartheid cultural

    que tem o nome de Brasil

    Mais de 5 séculos passados

    Muito pouco foi mudado

    A desigualdade ávida

    É ainda muito vívida

    Infelizmente no Brasil

    Nascer Branco é dádiva

    Nascer Pardo é dúvida

    E nascer Negro é dívida...

    A ideia de um país miscigenado

    Aonde o preconceito não é notado

    É uma ideia romântica

    Mas a verdade nua e crua

    É que o racismo continua

    Até mesmo na semântica

    A coisa tá preta! A ovelha negra!

    Qual é a cor do luto e da escravidão?

    O branco em contrapartida,

    Não caga na entrada nem saída

    é a cor da paz e da purificação

    O Pardo é o fruto desta mistura

    Antes designado como raça impura

    Mas durante o movimento modernista

    Ela passou a ser vista

    Como símbolo maior da nossa cultura,

    A representação de uma raça híbrida...

    Mas ainda hoje infelizmente

    Nascer Branco é dádiva

    Nascer Pardo é dúvida

    E nascer Negro é dívida...

    Dívida de um passado sem qualquer reparação

    Nem que ganhasse na lotérica,

    Pra compensar tanta humilhação

    Das senzalas para as zonas periféricas

    O ultimo país da América a abolir a escravidão!

    E agora quem vai pagar essa dívida Brasil?

    História que o livro de história omitiu

    Ou você não viu o tanto de navio

    Que cruzou os mares trazendo milhares

    Para trabalharem em nosso plantio

    Amarrados pelos pés

    Dentro de um convés

    No balanço das marés

    Era tanto revés

    que ficavam 4 a cada dez

    Senhores cruéis,

    Capitães e coronéis,

    Pelas minas, canas e colheitas de cafés

    Lucro para os Reis

    por alguns contos de Réis!

    O antro do mal, o cancro moral do branco cruel

    O branco é igual? Só se for no papel

    4 séculos de escravatura

    Não vão sumir na assinatura

    da Princesa Isabel

    São mais de 500 anos de ônus

    Dos que causaram danos por julgarem-se donos

    note ao redor ainda existem tronos

    quem são os empregados e quem são os patronos?

    Os colonizados e os colonos?

    Numa relação servil

    numa hierarquia social

    dum Apartheid cultural

    Que tem o nome de Brasil...

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