O filme conta a história real do lendário Jesse Owens, atleta negro que brilhou nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, e acabou no que era para ser uma festa dos ideais de supremacia ariana de Hitler.
Race (no original) comete o pecado de tentar abraçar o mundo. Oferece tantos temas e tantas histórias, que a trama do Owens esportista acaba perdendo um pouco a força. Há uma sensação permanente de superficialidade. Passa por tudo correndo e de forma muito limpa.

O personagem é incrível. A história é fascinante. O filme, no entanto, não é nada mais que ordinário. Tem bons momentos, alguns atores competentes, mas não oferece nada de novo.

Não é um filme ruim, mas também não ficará na cabeça do espectador. O elenco é bastante irregular. Stephan James está bem como Jesse Owens, mas o mesmo não se pode dizer do restante do elenco. Os veteranos Jeremy Irons e William Hurt surgem completamente desperdiçados, num núcleo deslocado da trama principal, que debate os debates internos do Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Jason Sudeikis não vai mal, mas parece em outro filme. Está sempre feliz e meio debochado. Como sempre, por sinal.