Estamos diante de um recurso didático cuja aplicação se estende a distintas finalidades: indo desde a ênfase aos gêneros discursivos até o trabalho com valores morais, éticos, enfim. O assunto central, ora expresso no poema que iremos trabalhar, retrata o modo pelo qual somos hoje influenciados pelo consumismo, seja pela mídia ou por outros canais, como é o caso da linguagem publicitária de um modo geral. A realidade é que muitas pessoas tentam sobreviver a uma intensa crise de identidade, pelo fato de não se reconhecerem enquanto “eu”, tamanha é tal influência. Assim, para que possamos dar vazão às ideias ora propostas, analisemos o discurso revelado pelo grande mestre Carlos Drummond de Andrade, no qual ele aborda essa questão:
yarawaneska49
Estamos diante de um recurso didático cuja aplicação se estende a distintas finalidades: indo desde a ênfase aos gêneros discursivos até o trabalho com valores morais, éticos, enfim. O assunto central, ora expresso no poema que iremos trabalhar, retrata o modo pelo qual somos hoje influenciados pelo consumismo, seja pela mídia ou por outros canais, como é o caso da linguagem publicitária de um modo geral. A realidade é que muitas pessoas tentam sobreviver a uma intensa crise de identidade, pelo fato de não se reconhecerem enquanto “eu”, tamanha é tal influência. Assim, para que possamos dar vazão às ideias ora propostas, analisemos o discurso revelado pelo grande mestre Carlos Drummond de Andrade, no qual ele aborda essa questão:
Eu, Etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
Explicação:
♥️♥️♥️♥️