O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Esta pergunta foi feita a Roberto DaMatta, que respondeu:

Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho” positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou tranquilo na fila, chega uma senhora que parece preocupada, precisando pagar sua conta que vence aquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”. A questão antropológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. No Brasil, ela mostra uma relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto que essa regra universal produz legalidade e cidadania! Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Tenho o direito - como cidadão - de tomar conta da Biblioteca Nacional, que também é minha. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. Diante da pergunta que lhe foi feita, qual teria sido a intenção do antropólogo Roberto da Matta, considerando os textos trabalhados em nossa disciplina? Selecione uma alternativa. A. retirar os preconceitos contra essa marca de brasilidade. B. responder à pergunta com outro questionamento. C. atribuir à pergunta uma forma intencionalmente maldosa. D. esclarecer os sentidos antropológicos da prática cultural do “jeitinho” brasileiro. E. questionar o que se denomina “corrupção”.

1 Resposta

  • Ristermit

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