Oque weber chama de expirito do capitalismo ?

1 Resposta

  • thayaraoliversantos

    O texto de Max Weber é uma análise histórica das sociedades humanas e todo o processo ideológico de uma política econômica motivada pela religiosidade, enfatizando o juízo ético do protestantismo segundo a teoria calvinista. Neste sentido a ética é considerada uma questão de concessões recíprocas com Deus e intrinsecamente ligada ao poder do capitalismo. Ou seja, as leis que rege o homem na força do seu trabalho para maior produtividade em função da aquisição de riquezas, estão relacionadas às leis que rege o mesmo homem para ganhar o reino dos céus.

    Nessa obra o autor se prevalece de outras ciências para interdiciplinarmente fazer uma abordagem sintética da história da economia à historia das culturas humanas, interpretando o êxito material do capitalismo no comportamento humano como um bem meritório da fé impregnada pela mistificação que constitui a ética protestante.

    Portanto, o homem dotado de características voltadas para o trabalho aquisição de bens materiais e favorece de forma quantitativa para o desenvolvimento econômico é um individuo considerado eticamente correto e predestinado ao reino dos céus. Este, está repleto do espírito capitalista como esteve Benjamin Franklin citado nessa obra. Os imbuídos desse espírito são os distintos e selecionados para a concretização da fé.”Ninguém nos porá em duvida de que é o espírito do capitalismo que aqui nos fala de maneira característica” (p: 44).

    No entanto, Weber não se limita a apenas explicar o espírito do capitalismo, ele foi mais além quando defronta o poder racional dessa ética protestante, com a essência da irracionalidade que nela contém. Pode-se então confirmar que o autor foi objetivo, quando antagonicamente se refere a esse racionalismo irracional, afirmando que “o racionalismo é um conceito histórico que encerra um mundo de contradições, e teremos ocasião para investigar de que o espírito nasceu essa forma concreta de pensamento e de vida racionais da qual resultaram a idéia de vocação profissional e aquela dedicação de si ao trabalho profissional tão irracional, como vimos do ângulo dos interesses pessoal puramente eudemonistas que foi e continua a ser um dos elementos mais característicos de nossa cultura capitalista.” (p: 69). Afirmando ainda que: “A nós o que interessa aqui é exatamente a origem desse elemento irracional que habita nesse como em todo conceito de vocação” (p:69).

    O que nos leva a refletir que não podemos conceber a ética religiosa sem uma função social, porque a crença interfere no processo evolutivo do homem não apenas como vida espiritual, mas como ser social e a sua conduta na sociedade depende da sua conduta religiosa, e a sua conduta social, depende do que ele produz e representa, estão na verdade intrinsecamente ligados, uma doutrina moral que propõe uma felicidade inexistente, essa é a ética que leva a criticidade de Weber a conceber uma racionalidade irracional.

    Fica também esclarecido que a razão é conduzida pelas rédeas do poder, um poder supremo e portanto indiscutível e é desse determinismo prenunciado que o homem é banido do seu próprio existir, para o existir do pré-destino em busca da concretização de um projeto divino

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