Qual a conclusao dos estudos de weber sobre a religiao

1 Resposta

  • Alexandre

    Segundo a teoria de Weber, religião é uma das fontes causadoras de mudanças sociais. Para ele, o processo de racionalização religiosa ou de “desencantamento do mundo” culminou no calvinismo do século XVII e em muitos outros movimentos, chamados por ele de “seitas”. Desse momento em diante, procurou-se assegurar a salvação (temporal e eterna) não por meio de ritos, ou por uma fuga mística do mundo ou por uma ascética transcendente, mas acreditando-se no mundo pelo trabalho, pela profissão, pela inserção.
    Portanto, segundo Weber, o capitalismo é definido pela existência de empresas cujo objectivo é produzir o maior lucro possível e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção. É a união do desejo de lucro e da disciplina racional que constitui historicamente o traço singular do capitalismo ocidental. Weber quis demonstrar que a conduta dos homens nas diversas sociedades só pode ser compreendida dentro do quadro da concepção geral que esses homens têm da existência. Os dogmas religiosos e sua interpretação são partes integrantes dessa visão do mundo; é preciso entendê-los para compreender a conduta dos indivíduos e dos grupos, nomeadamente o seu comportamento económico. Por outro lado, Weber quis provar que as concepções religiosas são, efectivamente, um determinante da conduta económica e, em consequência, uma das causas das transformações económicas das sociedades (Aron, 1999). Dessa forma, o capitalismo estaria motivado e animado por uma visão de mundo específica de um tipo de protestantismo que na sua acção social favoreceu a formação do regime capitalista.

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