Questão 3 (Valor: 1.5) O Funk da Ostentação: Indús

Questão 3 (Valor: 1.5)
O Funk da Ostentação: Indústria Cultural, produção em larga escala*
A tendência do Funk da Ostentação é recente. Não chega às rádios, pouco aparece na
TV e não impressiona nos downloads. Mas quem precisa disso em tempos de vídeo em
streaming? MC Guimê com “Plaquê de cem” ("contando plaquê de cem, dentro de um
Citroen") e MC Boy do Charmes com “Onde eu chego paro tudo” (“Meu cordão é um
absurdo, meu perfume é da Armani, de Christian ou de Oakley, de Tommy ou Lacoste”)
têm mais de 20 milhões de acessos no YouTube, cada. Esses números, que mudam
diariamente, foram verificados até dia 24 de abril de 2013.
A título de informação, somente no ano de 2011, a produtora colocou na web mais de
70 clipes, sendo que muitos deles ultrapassaram a marca dos 20 milhões de visualizações
no YouTube. Na parada dos cem vídeos musicais mais vistos no YouTube no Brasil,
atualizada a cada dia, estão presentes nas últimas semanas pelo menos dez produções de
Funk de São Paulo, cujos versos parecem leituras de catálogos de lojas de luxo. Nos
clipes, tem até dança na boca da garrafa de uísque 18 anos. É o retrato da ascensão do
funk paulista como um circuito cultural e, inegavelmente econômico.

(A) Explique como se dá a interferência do fator econômico sobre o processo de
produção e difusão de bens culturais em uma sociedade de classes.
(B) Fazendo referência ao exemplo do funk ostentação, explique de que forma a
indústria cultural contribui para a disseminação de ideologias

Questão 4 (Valor: 1.5) Na década de 1950, comparando as “relações raciais” no Brasil e
nos EUA, o sociólogo Oracy Nogueira observou formas distintas de identificação de
“negros” e “brancos”.
“Assim, indivíduos ligeiramente negroides ou completamente brancos e que, como
brancos, sempre viveram, no Brasil, indo aos Estados Unidos, podem ter a surpresa de
serem considerados e tratados como negros. O próprio autor do presente trabalho
conheceu, em Chicago, um intelectual brasileiro, mestiço claro, cuja identificação como
branco nunca fora posta em dúvida, no Brasil, e que passava, então, por profunda crise
emocional, por ter sofrido discriminação no hotel a que fora recomendado. De outro lado,
negros norte-americanos, em viagem pelo Brasil, em função da ausência ou da
intensidade dos traços negroides, podem ser vistos e tratados como brancos, mulatos
claros, mulatos escuros ou pretos, daí havendo de resultar depoimentos extremamente
contraditórios, ao relatarem suas experiências, de volta a seu país. Em Chicago, numa
instituição frequentada por estudantes universitários, cujo regimento proibia a
discriminação racial, estudantes brasileiros de ambos os sexos se irritavam com a atitude
de uma jovem americana, loira, que constantemente se apresentava ao lado de um
homem preto, com quem dançava e a quem permitia outras demonstrações de intimidade.
Alguns dos estudantes que assim se irritavam apresentavam traços negroides bem
visíveis. Ficaram todos surpresos ao serem informados de que aquela loira, nos Estados
Unidos, era ‘negra’.”
A partir das informações contidas no texto, explique por que a noção de “raça” é uma
construção social

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